A ideia é focada em realizar transporte sob demanda e atualmente está sendo avaliada pelo governo de San Jose, na Califórnia, para sair do papel. Veja todos os detalhes agora mesmo.
Transporte sob demanda é foco
Mark Seeger, fundador e CEO da Glydways, desenvolveu a ideia de facilitar o transporte público por meio de carros autônomos como uma alternativa aos ônibus, trens e metrôs que utilizamos em nosso dia a dia. O maior propósito é permitir que pessoas solicitem viagens nos via aplicativo e os carros autônomos se locomovam ao local para que a viagem comece logo em seguida. Devido aos painéis solares, instalados no teto, os modelos possuem zero emissão de carbono e de acordo com o próprio fundador da empresa, os veículos geram mais energia do que consomem. Isso pode ser uma ótima alternativa para realizar muitas viagens em um mesmo dia. Outro detalhe importante de ser compartilhado é que ao solicitar uma nova viagem, os carros não terão passageiros desconhecidos que podem estar indo para o mesmo lugar ou local próximo de onde o solicitante irá desembarcar. No site oficial, a resposta para a pergunta sobre viagens compartilhadas foi clara: “Não. Nunca.”
Carros autônomos estão prontos para viagens
Quando conseguir tirar a ideia do papel, a companhia deseja criar uma grande rede que conectará todos os carros autônomos como uma grande rede mesh. Dessa forma, será possível criar um novo ecossistema de transporte que poderá “conversar entre si”. A expectativa é que 10.800 pessoas sejam transportadas por hora, capacidade semelhante ao que transportes públicos tradicionais já fazem. Os carros da empresa contam com nível 5 de autonomia e a ideia é criar um sistema 100% fechado e que permitirá controle total. Além do rastreio, que pode ser útil para corrigir possíveis falhas, este mesmo sistema permitirá o aprimoramento do serviço para que cada vez mais pessoas sejam transportadas. Foi divulgado no site que os sensores dos carros autônomos foram programados para evitar qualquer tipo de colisão, seja com cercas, animais, barreiras ou pessoas. O custo para tirar a ideia do papel também chama atenção: para cada milha — equivalente a 1,6 quilômetro — em que um passageiro for transportado, a empresa estima que será necessário fazer um investimento de apenas US$ 25 centavos — ou R$ 1,17 em conversão direta. Os custos por cada de cada milha ou 1,6 km também são mais baixos em relação a projetos de metrôs. Em um estudo realizado pelo Eno Center for Transportation desde 2009, foi divulgado que cada milha (do total de 9,3 milhas) da linha B do metrô de Toulese, na França, teve um custo de US$ 176 milhões (R$ 829 milhões em conversão direta). A linha Verde do metrô de Houston, EUA — que possui comprimento de 3,2 milhas — teve um custo de US$ 223 milhões ou R$ 1,05 bilhão por cada milha. Para tirar a ideia do sistema de carros autônomos do papel, a Glydways estima que serão necessários “apenas” US$ 20 milhões ou R$ 94,20 milhões por milha. A companhia do Vale do Silício pode fornecer viagens gratuitas, mas isso ainda depende de investimentos de governos de cidades que estejam dispostas a tirar a ideia do papel. Outra possibilidade de uso é a realização de entregas, mas o transporte de pessoas é o maior foco neste primeiro momento em que tudo ainda é um grande conceito. Os carros medem 1,5 m de largura e como são menores, também são mais baratos para serem construídos.
O que vem em seguida?
Com a ideia pronta para ser tirada do papel de forma escalada, o grande esforço da empresa no momento é conseguir convencer uma cidade a investir nos carros autônomos para que os cidadãos possam utilizar o serviço. Pequenos testes foram realizados em cidades dos EUA como Fort Lauderdale e Pittsburgh e a empresa também está participando de um processo de licitação em San José, na Califórnia, para levar pessoas do centro ao Aeroporto Internacional Mineta San Jose. Ao mesmo tempo que prefeitos de muitas cidades achem a ideia incrível, estes não desejam ser os primeiros a testá-la na prática devido a não estar comprovado que o serviço realmente funciona. A ideia é bastante útil no conceito, mas tirá-la do papel ainda causa insegurança nos líderes das cidades. A Glydways tem tudo para revolucionar o mercado de transporte público, mas ainda precisa de um governo local que invista na ideia e assim, possamos ver os carros autônomos se locomoverem de um lado para o outro. Você acredita que isso daria certo no Brasil? Diga pra gente nos comentários! Veja também Saiba como os taxis robôs já estão trabalhando na China Fontes: Glydways l The Next Web