Nesta semana, falamos sobre o jogo cancelado do Superman chamado Blue Steel, de 2007/2008, que sumiu do mapa junto com o fechamento de sua desenvolvedora Factor 5, e que ganhou vídeos-protótipo mostrando seu gameplay — postados por uma ex-desenvolvedora. Também há um canal no YouTube — Upscale — que está remasterizando cenas de jogos antigos para 8K, principalmente introduções e cutscenes (cenas cinemáticas renderizadas dos games) com algoritmos de inteligência artificial. Por fim, falamos da lagoa Corfo na Patagônia, sul da Argentina, que continua tingida de rosa após conservantes antibacterianos utilizados para conservar camarões serem despejados no local sem tratamento, revoltando a população e ambientalistas locais.
Jogo cancelado do Superman
Detalhes sobre um jogo cancelado do Superman, famoso herói da DC, surgiram na internet recentemente, incluindo vídeos do que seria um protótipo da jogabilidade do game. Chamado de Blue Steel, o título começou a ser desenvolvido pelo estúdio Factor 5 em 2007. A desenvolvedora Salvatrix, que trabalhou na empresa, comenta que a crise econômica de 2008 foi o motivo primário da desenvolvedora ter fechado as portas, levando o game consigo para o túmulo. A ex-funcionária também divulgou vídeos revelando como seriam as mecânicas do jogo, onde podemos ver Superman lutando contra o vilão Apocalypse e outros capangas, destruindo o cenário no processo. Quick time events, sequências onde o jogador precisa apertar botões corretamente para executar ações, são mostrados no vídeo. Salvatrix, em sua thread no Twitter, diz que o jogo seria lançado junto ao filme Superman Returns, de Bryan Singer, que também nunca viu a luz do dia. A desenvolvedora enfatizou como o jogo seria inovador, como a grande presença de ambientes destrutíveis que eram novidade na época – o azulão arrasta os vilões pelo interior de prédios para arrancar seus pontos de vida, além dos socos, raios laser e sopros de gelo que caracterizam os poderes do herói. O game seria lançado para PlayStation 3 e Xbox 360, e, 13 anos depois, ainda não temos nenhum jogo protagonizado pelo herói kriptoniano, embora ele tenha aparecido como coadjuvante em títulos desde então como Injustice e LEGO DC: Supervillains.
Remasterização de Cutscenes
O canal do YouTube chamado Upscale está remasterizando cutscenes de jogos, ou seja, cenas cinemáticas usadas para contar a história entre sequências de jogabilidade. Enquanto as cenas em 3D eram muito inovadoras e tinham um visual incrível na época em que os games eram lançados, a resolução deixa a desejar nos dias de hoje, o que gerou o interesse em melhorar as sequências de vídeo para até 8K — considerando, é lógico, que estamos falando de jogos de PlayStation 1 e 2 ou títulos antigos de PC. Um software chamado Topaz Video Enhance AI (“Inteligência Artificial de melhoramento de vídeo”, em tradução livre) é o encarregado pela força bruta da remasterização em questão, chama de upscaling, já que utiliza algoritmos de inteligência artificial para preencher as informações perdidas pela baixa resolução. A tecnologia prevê os supostos detalhes e gera novos pixels para ocupar o lugar — em muitos casos, melhorando a resolução, mas às vezes também borrando um pouco as imagens. Também conhecido como Topaz Gigapixel, o app em questão custa US$ 299, ou cerca de R$ 1.550 na conversão atual. O canal Upscale foca em melhorar cenas cinemáticas de clássicos mais antigos dos videogames, como já citamos. Entre eles, temos Final Fantasy X, com a cena de dança de Yuna, as aberturas de Kingdom Hearts 1 e 2, World of Warcraft, Onimusha 3, Legacy of Kain: Soul Reaver, Chrono Cross e Chrono Trigger, Dirge of Cerberus e muitas mais. Alguns modders, entusiastas da modificação de jogos, utilizam a tecnologia para melhorar sequências de gameplay também, conseguindo até mesmo gerar novas versões dos jogos, de forma não-oficial. Games como o primeiro Doom, Half-Life 2, Metroid Prime 2, Final Fantasy VII, Grand Theft Auto: Vice City e The Elder Scrolls III: Morrowind receberam esse tratamento.
Lagoa rosa na Argentina
No último final de semana, uma cor rosada ainda persistia na lagoa de Corfo, na Patagônia, sul da Argentina, depois do despejo de produtos químicos da indústria pesqueira. Ambientalistas como Pablo Lada, que mora a 30km da lagoa, na cidade de Trelew, acusam o governo local de negligência. O sulfito de sódio, solução contra bactérias que conserva camarões para a exportação, é o culpado pela coloração rosa. O cheiro ruim e o surgimento de insetos já havia incomodado a cidade vizinha de Rawson, na mesma província, chamada de Chubut. Em protesto, os moradores locais bloquearam os caminhões que transportavam o resíduo industrial. As autoridades ambientais locais então autorizaram o despejo dos resíduos na lagoa de Corfo. O chefe de controle ambiental da província, Juan Micheloud, afirmou que a cor não provoca danos na lagoa e deve desaparecer em breve. O ambientalista Pablo Lada, no entanto, reconhece que o processamento da pesca gera empregos, mas questiona o fato de empresas super lucrativas não pagarem o transporte e tratamento adequado dos resíduos, que poderia ser feito a 60km de distância, em Puerto Madryn — ou, alternativamente, construir uma estação de tratamento em algum local mais próximo. Em Chubut, é obrigatório por lei que as empresas processem o pescado para exportação no mesmo território provincial. A Rawson Ambiental (RASA) é a empresa responsável por tratar e transportar as águas. A lagoa ocupa uma área entre 10 e 15 hectares, e nunca foi utilizada para o lazer ou para finalidades turísticas. Ela fica no Parque Industrial de Trelew, cidade fundada quando da imigração, à Argentina, de populações do País de Gales, no século 19. Continue por aqui, no Showmetech, para ficar sabendo das principais notícias de tecnologia do fim de semana todas as segundas-feiras! Fontes: Bol | Yahoo! | The Verge 1 | 2 | Gamesradar | IGN