Premiação: os melhores jogos de 2018
Como divulgado em alguns posts e nas redes sociais, o Showmetech Game Awards, votação aberta ao público com dez categorias, foi realizado no último mês do ano para reunir tudo aquilo que foi relevante sobre games em 2018. Aproveitando a oportunidade, o autor deste texto também quer deixar sua opinião sobre seus favoritos e discutir um pouco dos resultados da votação. Antes de discutir e contemplar os vencedores, é importante lembrar que essa seleção é feita de listas pessoais dos leitores e do autor do texto e que não representa, necessariamente, a importância, criatividade ou qualidade técnica total de cada jogo de modo absoluto, abrindo espaço para posteriores diálogos e debates sobre suas escolhas pessoais.
Jogo contínuo
Escolha do público: Overwatch Escolha do autor: Overwatch Há pouco mais de dois anos, a Blizzard Entertainment, mais uma vez, lançou um jogo que realmente prendeu a atenção do público por meio de um gameplay polido e divertido. Overwatch, basicamente um MOBA em primeira pessoa que bebe muito da fonte do clássico Team Fortress, recebeu o prêmio de jogo do ano em 2016 no The Game Awards e já venceu, durante os dois anos seguintes, em outras duas categorias. Quase metade do público votou em Overwatch e, pessoalmente, acho um jogo incrível que te oferece muita diversidade com relação aos personagens com os quais podemos jogar. As mecânicas e habilidades associadas a cada um deles são muito distintas e nem sempre se resumem a atira, já que os objetivos são diferentes das tradicinais partidas de eliminação. Um jogo merecedor da atenção daqueles que curtem um multiplayer dinâmico e viciante.
Melhor narrativa
Escolha do público: God of War (2018) Escolha do autor: Return of the Obra Dinn A nova aventura de Kratos tocou muitos jogadores com uma aventura muito mais pessoal e emocionante — que contrasta com a natureza sanguinária do vingativo guerreiro espartano. O garoto Atreus e mais alguns inesquecíveis personagens conquistaram jogadores mundo afora a cada novo arco da trama de God of War (2018), fazendo com que nos importassemos até mesmo com os antagonistas mais cruéis. Destacado por muitos como um dos melhores jogos de “detetive” já feitos, Return of the Obra Dinn é um modelo a ser seguido por sua ambientação e mecânicas de investigação. O jogo se passa em um navio que naufragou e cabe a você, munido apenas de um livro de anotações e um relógio “mágico”, voltar no tempo e explorar cada parte do navio em eventos separados para descobrir tudo que se passou por lá.
Melhor direção de arte
Escolha do público: God of War (2018) Escolha do autor: Red Dead Redemption 2 Os reinos da mitologia nórdica representados em God of War (2018) são muito distintos entre si e cada um apresenta características climáticas e arquitetônicas únicas, fazendo um trabalho digno da admiração. O brasileiro Rafael Grassetti, diretor de arte da Santa Monica Studios, se empenhou para entregar um visual de tirar o fôlego de qualquer fã de videogames fotorrealistas. Minha escolha fica com Red Dead Redemption 2, que se destaca acima da jornada de Kratos pela vastidão e densidade de conteúdo em seu mundo aberto minuciosamente criado. Fauna, flora, indivíduos, relevo, armas e itens apresentam detalhes pensados e criados de uma maneira quase que inconcibível — mesmo se tratando do jogo com o escopo provavelmente mais ambicioso da história dos videogames.
Melhor direção de áudio
Escolha do público: Red Dead Redemption 2 Escolha do autor: Red Dead Redemption 2 Há muitos jogos impressionantes quando falamos em qualidade de áudio nos dias de hoje, mas há certas especificidades que destacaram Red Dead Redemption 2 nesta dura batalha travada contra God of War (2018). Uma das coisas que mais impressiona são os sons mais sutis, como o andar na neve, barulho de alguns animais no horizonte ou a colisão de um pedregulho contra o solo. A Rockstar Games realmente se atentou a todos os detalhes de som para criar uma experiência imersiva e fiel à realidade.
Melhor trilha sonora
Escolha do público: Red Dead Redemption 2/God of War (2018) Escolha do autor: Red Dead Redemption 2 Acredite se quiser: os dois gigantes AAA do ano empataram no voto popular. E é claro que isso faz o maior sentido: God of War (2018) e Red Dead Redemption 2 contam com faixas inesquecíveis e que ainda serão reproduzidas por muitos anos mais em serviços como Spotify e YouTube. Os dois grandes jogos tem um valor musical muito elogiado, com orquestras e composições de qualidade, e também sabem utilizar, da melhor maneira e durante os momentos mais adequados, cada uma das músicas das trilhas originais.
Melhor multiplayer
Escolha do público: Super Mario Party Escolha do autor: Fortnite Battle Royale É oficial: em ano de “Mario Festança”, fica difícil competir contra a Nintendo em jogos multiplayer. O party game de tabuleiro é uma das séries spin-off de Mario mais populares da atualidade e que reuniu tudo de melhor da série em um título considerado por muitos fãs a versão definitiva dos jogos da franquia. Porém, o mais curioso dos resultados é que o eleito pelos fãs deveria ter sido, teoricamente, a minha escolha. Super Mario Party é um jogo que me fez perder muitas horas competindo contra meus amigos e Fortnite Battle Royale nem sequer é um jogo que me dediquei tanto a aprender e melhorar. Meu voto vai para ele justamente pelo trabalho feito pela Epic Games junto à comunidade do jogo, constantemente atualizando os conteúdos das novas temporadas em tempo real (durante as partidas).
Melhor indie (produção independente)
Escolha do público: Celeste Escolha do autor: Celeste Aparentemente simples em seu visual e proposta, Celeste esconde uma das histórias mais bonitas e bem contadas de 2018. A partir de mecânicas que exigem bastante do reflexo e dedicação do jogador, a aventura sobre escalar uma montanha nos apresenta uma história de superação transposta de modo carinhoso e emocionante para o estilo plataforma hardcore. Essa lindíssima obra da Matt Makes Games, em parceria com o estúdio brasileiro MiniBoss, levou para casa dois prêmios no The Game Awards 2018 — isso sem mencionar a relevante indicação à categoria de Jogo do Ano na premiação. De fato, é uma experiência que excedeu qualquer expectativa que eu inicialmente tinha com aquele jogo.
Melhor estúdio (desenvolvedor)
Escolha do público: Santa Monica Studios Escolha do autor: Matt Makes Games Após anos repetindo a boa e velha fórmula da franquia God of War, a Santa Monica Studios, no comando do diretor Cory Barlog, finalmente decidiu arriscar um pouco além daquilo que já haviam estabelecido como padrão para o hack and slash de Kratos. O resultado visto em God of War (2018) é admirável e revitaliza uma série muito popular, mas que sofria um pouco com a falta de criatividade artística. A canadense Matt Makes Games, porém, foi minha escolha pessoal justamente por ser tão pequena e, ao mesmo tempo, tão competente em Celeste. Absolutamente tudo naquele jogo brilha, desde sua jogabilidade minimamente ajustada e polida até sua temática de superação pessoal. A quantidade e qualidade do conteúdo é surpreendente e digna de elogios.
Jogo mais aguardado
Escolha do público: Cyberpunk 2077 Escolha do autor: Cyberpunk 2077 É oficial: tudo mundo se encontra em um estado de antecipação e curiosidade estratosférico com o novo jogo da CD Projekt Red, Cyberpunk 2077. Os criadores da aclamado série de RPG The Witcher cansaram um pouco deste tipo de fantasia mais clássica e resolveram mirar no futuro, mais especificamente em uma sociedade cyberpunk que questiona e abusa da tecnologia a todo momento. Haja coração!
Jogo do ano
Escolha do público: God of War (2018) Escolha do autor: Celeste Um jogo especial que se propõe a contar uma história de superação pessoal. Um jogo sobre chegar ao topo da montanha após muito esforço e crescimento. Um jogo que tem personagens inesquecíveis, onde ambientação, trilha sonora e trama conversarem constantemente para que o jogador crie empatia por sua totalidade. Estamos falando do colossal God of War (2018), mas também do magnífico Celeste. Apesar de estarem tão perto em alguns de seus pontos mais relevantes, as experiências que tive com cada um desses melhores games do ano foram muito distintas. Fico feliz que a escolha do público tenha sido de um título que eu tenha tido a oportunidade de acompanhar boa parte do desenvolvimento, antecipação e posterior lançamento, mas creio que a jornada pixelada da garota Madeline tenha sido mais impactante para mim. E aí, gostou da seleção? Quais são os seus favoritos em cada categoria? Deixe sua opinião nos comentários abaixo e em nossas redes sociais e um feliz 2019 cheio de jogos maravilhosamente incríveis!