Como ocorrem os crimes
Antigamente, víamos com certa frequência notícias sobre pessoas que foram vítimas de sequestro-relâmpago: Elas eram levadas até caixas eletrônicos eram obrigadas a sacar a maior quantia de dinheiro possível para repassar aos criminosos. Mesmo havendo certa segurança nesses locais, a ação passava despercebida e acabava sendo consumada. Hoje em dia, com a facilidade de transferências via Pix, esses sequestros-relâmpago foram “atualizados” junto com a tecnologia, ou seja, os bandidos aprendem como o sistema funcionam e aplicam os mesmos golpes e crimes que já aconteciam de outras maneiras. O que tem sido registrado ultimamente é um crescente número de sequestros-relâmpago em que os criminosos fazem transferências de dinheiro da vítima para si mesmos, seja em várias parcelas de valores pequenos ou até mesmo em poucas, ou numa operação única com um valor alto. Quando não conseguem algum valor suficiente no ato, eles fazem a vítima a entrar em contato com algum parente e acabam obrigando-a a pedir um “resgate via Pix” para o contato em questão, para então fazer outra operação transferindo este valor aos bandidos. Apesar da facilidade e maior reincidência ser a de resgate via Pix, alguns são mais ousados e pegam o smartphone das vítimas para fazer empréstimos com valores altíssimos e posteriormente transferir o mesmo para suas contas. Em registros recentes, é dito que esses episódios ocorrem com pessoas que estão sozinhas na rua, paradas, ou até mesmo em carros que estão em locais mais isolados: neste último caso, por exemplo, já ocorreu de um grupo de bandidos render os passageiros do carro, configurando o sequestro-relâmpago. Num destes casos, um vendedor de carros havia sido contatado por um suposto interessado em comprar quatro de seus carros. Ele marcou de assinar o contrato no local sugerido pelos criminosos, e, se dirigindo para lá, o homem acabou sendo sequestrado e obrigado a transferir R$ 80 mil, o que foi realizado através de operações por Pix.
O que fazer para evitar esse tipo de situação?
Algumas medidas podem ser tomadas para que, caso você seja vítima de um sequestro-relâmpago que envolva resgate via Pix, os prejuízos sejam minimizados ou você possa até mesmo acabar não tendo que passar por algo assim. Lembrando que qualquer cuidado é pouco e, caso a situação aconteça, você deve entrar em contato imediatamente com a polícia e com o banco responsável.
Evitar locais isolados
Apesar da dica óbvia, é sempre bom lembrar que é necessário ficar atento sobre onde você está e o que está fazendo. Se você estiver num lugar sozinho ou mais afastado das pessoas, busque ficar em lojas ou avenidas que são um pouco mais movimentadas. Isso não exatamente vai te blindar de tudo, mas sem dúvida irá diminuir as chances de um sequestro-relâmpago, por exemplo.
Reduzir o limite do Pix
É possível, através do próprio aplicativo do banco que você utiliza para realizar suas operações por Pix, ajustar um limite máximo para o valor das transações. Alguns bancos oferecem a opção de reduzir a quantia diária com a qual é possível fazer as transferências, ou seja, se você diminuir o limite do Pix e acabar sendo vítima de sequestro-relâmpago, o banco não permitirá que aquele limite seja ultrapassado.
Usar um banco alternativo
Além de reduzir o limite do Pix, você também pode se utilizar de um banco para guardar suas economias e deixar um outro banco com um valor menor e com o limite restrito; dessa maneira, caso você seja vítima, você reduzirá o prejuízo financeiro, mantendo a maior parte do seu dinheiro em outro banco que muito possivelmente não será descoberto pelos criminosos.
Desabilitar o Pix
Você também desabilitar a função de Pix do aplicativo do seu banco ou até mesmo excluir o aplicativo do banco do seu smartphone, e dessa maneira você evita a perda de dinheiro nesses casos. Alguns bancos ainda possibilitam a configuração do aplicativo para que operações viam Pix sejam realizadas exclusivamente em redes domésticas, no caso, apenas na Wi-Fi da sua casa. Lembrando que o Pix é um procedimento entre bancos, e para que alguém tenha uma conta no banco, é necessário ter um cadastro, ou seja, toda e qualquer operação pode ser rastreada. Apesar de tudo isso não intimidar os criminosos, é necessário que seja de conhecimento de todos que as operações via Pix podem e, nesses casos, devem ser rastreadas conforme seu contato com o banco. O Banco Central ainda ressalta que o serviço de Pix possui um “sistema antifraude”, onde ele identifica qualquer movimento suspeito e restringe as operações por 30 minutos, caso tenha sido realizado durante o dia, ou 60 minutos, para operações feitas à noite. Além disso, a instituição também fala sobre os casos de ressarcimento para sequestros-relâmpago que solicitaram resgate via Pix:
Veja também:
Também é necessário ficar de olhos em outros golpes do Pix, como o via SMS e golpes por WhatsApp! Fonte: Banco Central, Perguntas e Respostas, tópico 9 e subtópico 3.