Agora, a empresa promete expandir ainda mais o mundo impressionante criado em The Division 2 com a expansão Warlords of New York. Como o próprio nome diz, a ação agora muda de Washington D.C. para o coração da “Big Apple”. Com novas armas, novos modos de gameplay e uma história digna de um filme de Hollywood, a expansão promete atrair ainda mais jogadores para essa aventura emocionante. A Ubisoft cedeu ao Showmetech uma cópia digital para PlayStation 4 do jogo base The Division 2 e da expansão Warlords of New York para testes e, após algumas semanas de jogatina intensa e repleta de adrenalina, nós apresentamos a vocês uma análise completa desse conteúdo adicional que fez brilhar as grandes qualidades do jogo e mostrou que The Division 2 é um game de ação-tática que os jogadores que buscam uma boa dose de adrenalina não podem perder de jeito nenhum.
Uma metrópole aos pedaços
Graças ao Green Poison, um agente biológico de alta mortalidade, Nova York agora é apenas uma sombra de seus tempos de glória. A cidade está abandonada, com facções de mercenários, terroristas e sobreviventes lutando pelo controle da metrópole e dos recursos escassos que ela pode oferecer. Mas mesmo nesse ambiente tão hostil, a expansão Warlords of New York tem muito a oferecer ao jogador. A expansão apresenta algumas das melhores missões de The Division 2 e abre o caminho para novos conteúdos multiplayer de temporada. Porém, mesmo com um conteúdo diversificado e proporcionando várias horas de gameplay, Warlords of New York mantém as mesmas falhas que fizeram muitos jogadores abandonar o game original nas primeira semanas. Warlords of New York leva os jogadores de volta para o coração de Manhattan, retornando à ambientação do primeiro game da série, onde é sua principal missão caçar o terrorista Aaron Keener. O problema é que chegar até nosso vilão não é uma tarefa fácil, pois ele está cercado de quatro tenentes que são tão perigosos quanto ele. O objetivo deles? Liberar um agente biológico letal mais potente e mortal que o Green Poison. Tudo bem, mas até aí não existe muita novidade não é mesmo? Podemos admitir que o enredo é bem estruturado e a ambientação fantástica que a Ubisoft criou para uma Nova York pós-apocalíptica é incrível, mas fora isso parece uma história muito clichê. Porém, isso tudo não passa de um pano de fundo para o principal elemento que conquista o interesse do jogador: a caçada frenética pelos tenentes de Aaron Keener até capturar o terrorista-chefe. Parece ser uma das marcas registradas da Ubisoft em seus games, mas em Warlords of New York os jogadores também encontraram um mapa gigante de Manhattan coberto por uma névoa misteriosa que os impede de visualizar muito ao seu redor. Chamada de “Fog of War” essa barreira visual somente pode ser removida ao percorrer e investir mais locais do mapa (assim como ocorre nos games da série Assassin’s Creed). Porém, essa névoa não se mostra um grande obstáculo para o jogador, pois o GPS do mapa sempre lhe apontará na direção certa de seu próximo objetivo. Além disso, a caçada por Keener não tem nenhuma mecânica especial que diferencie ela de uma missão padrão de The Division 2. O único toque especial é que o jogador pode escolher a ordem que quer atacar cada um dos 4 tenentes de Keener, sem se preocupar com nivelamento pois os inimigos agora acompanham o nível do jogador, mantendo toda a experiência do game bem balanceada.
The Division 2.5
Com uma meta bem estabelecida desde o início, Warlords of New York é muito melhor estruturado do que a campanha principal de The Division 2. Cada um dos tenentes possui uma missão específica com duração variada. Assim que todos forem derrotados, a missão final da caçada à Keener se tornará disponível. O problema desse foco exagerado na campanha extra é que ela tira qualquer oportunidade para o jogador explorar o ambiente devastado de Nova York e os segredos que ela esconde. Na expansão, Nova York não passa de um pano-de-fundo para que a trama possa se desenvolver. Warlords of New York tem um foco tão pesado nas missões que a cidade acaba sendo esquecida. Os cenários são muito menores e existe uma sensação constante de claustrofobia (algo que não vemos em Washington D.C. na campanha principal). É uma pena a cidade ter sido tão negligenciada quando existe um trabalho tão bem feito na ambientação, fazendo com que cada canto de Nova York tenha uma história que jamais será contada. Enquanto a estrutura de cada missão na expansão não apresenta novidades, elas ainda são muito divertidas de se fazer (apesar de serem muito familiares aos que os jogadores já viram em The Division 2, em vários momentos). Porém, são as batalhas contra os chefões que são a cereja do bolo de Warlords of new York. Esses confrontos contra cada um dos tenentes de Keener faz o jogador realmente sentir que está jogando The Division 2.5. Cada um desses combates tem um conjunto de mecânicas único, além de recompensar o trabalho em equipe com outros jogadores. Essa última característica era algo que faltava no game original, quando a experiência multiplayer parecia prejudicar grandes combates pois o jogo não sabia lidar com ações variadas de diversos jogadores. Agora, você precisa se coordenar com seu time de amigos ou outros jogadores para derrotar os chefões, pois tentar abatê-los por conta própria é praticamente suicídio. Ao derrotar cada um dos tenentes de Keener, o jogador receberá uma nova habilidade na forma de uma tecnologia da Division que você pode personalizar de acordo com sua preferência. Todas as habilidades são uma coleção de ferramentas ofensivas e defensivas que possuem, entre outros itens, uma armadilha de choque, uma bomba plástica e incendiária e, o item mais interessante de todos: uma projeção holográfica sua que você pode usar para distrair seus inimigos. A diversão está nas diversas possibilidades que existem de combinar esses itens para alcançar seus objetivos.
Warlords of New York: uma expansão opcional
A expansão Warlords of New York está longe de revitalizar o game original, algo evidente que os produtores tinham em mente para The Division 2. O conteúdo extra tem uma ótima campanha, mas não apresenta nenhum conteúdo que os jogadores da série já não conheçam. O equipamento foi todo modificado (tanto na questão dos atributos de cada objeto e como eles são exibidos no inventário) e agora os atributos podem ser adicionados a outro tipo de equipamento, caso o jogador deseje. Além disso, a expansão melhorou algumas características da Dark Zone (a arena multiplayer do game) para incentivar mais o gameplay no estilo PvP (Player vs Player) com bônus de experiência que rendem pontos que o jogador pode gastar para melhorar seus atributos pessoais. O problema é que nenhuma dessas novidades torna o multiplayer de Warlords of new York mais atrativo que o modo original presente em The Division 2. É como jogar o mesmo game, só que com alguns “enfeites” a mais. Talvez a maior contribuição de Warlords of New York para o game seja a adição de conteúdo de temporada. Assim como outros games multiplayers fazem (Destiny 2, Overwatch, Diablo 3, entre outros), The Division 2 oferece períodos específicos em que os jogadores podem obter mais experiência em partidas multiplayer. Da mesma forma, o game também vai receber caçadas de temporada no mesmo estilo das presentes na expansão. Das partidas que conseguimos jogar, não haviam muitas novidades, mas definitivamente era mais emocionante combater outros jogadores e trabalhar em equipe quando se tinha mais recompensa em jogo. Em suma, Warlords of New York tenta vender The Division 2 como um game de ação-tática com um enredo denso e envolvente. Porém, mesmo com a incrível ambientação pós-apocalíptica de Nova York, o game ainda cai no território do clichê. O risco é alto de, assim como eu, o jogador perder o interesse na expansão assim que Keener for capturado na missão final. A ação, o multiplayer e os elementos de estratégia foram levados a um patamar mais alto na expansão e, se foi uma reformulação da receita original que gerou resultados tão bons, fica a sugestão de a Ubisoft se preocupar mais em transformar The Division numa franquia puramente de ação e combate do que tentar criar uma história digna do Oscar. E você leitor, curte The Division 2 e pretende experimentar a expansão Warlords of New York? Deixe sua opinião nos comentários!