Review Megaboom 3 Tem Graves Ideais Para Festas

Em resumo, o modelo é uma ótima opção para quem precisa de um produto potente, bonito e com alta duração de bateria, apesar de que seu uso poderia ser um pouco mais inteligente. Entenda todos os detalhes agora mesmo.

Design

Não há como negar: a MEGABOOM 3 é uma caixa de som bonita e que tem um certo tom de elegância até mesmo na embalagem enviada. Eu recebi a variante na cor vinho, mas também há modelos na cor preta, roxa e azul. Preciso comentar que fiquei bastante admirado com a forma com que o modelo foi embalado e a mesma caixa de papelão pode ser facilmente utilizada como proteção naquela viagem especial que você for fazer com familiares e/ou amigos. No site oficial da UItimate Ears, há a informação de que a caixa de som Bluetooth pesa 925 gramas e a sensação que tive é de segurar cerca de dois livros de 400 páginas cada, em uma só mão. A “pegada” também é bem confortável e pode ser facilmente ser feita com apenas uma mão. O destaque no design fica por conta de um revestimento de borracha nas bordas, o que evita que a MEGABOOM 3 escorregue. Além disso, há uma pequena alça em tecido que permite que você segure o modelo, assim como passe uma corda para deixá-lo fixo em um só lugar e longe de quedas. Há cinco botões em toda a caixa de som sem fio:

Um botão de liga e desliga;Um magic button para controle de reprodução de música;Um botão de pareamento via Bluetooth; Um botão “+” para aumentar o volume;Um botão “-” para diminuir o volume.

O carregamento da bateria é feito via conexão USB-A, que fica localizada na parte “de baixo” da MEGABOOM 3. A organização destes itens foi bastante inteligente e, ao realizar a conexão com o cabo, pude facilmente colocar o modelo em uma mesa, enquanto o carregamento era realizado. Colocando os parágrafos acima em poucas palavras, eu definiria a MEGABOOM 3 como um modelo bonito em todos os seus aspectos e foi possível perceber que o uso no dia a dia e a mobilidade foram os principais elementos levados em conta no momento do desenvolvimento.

Uso e conectividade

Se o modelo é bastante bonito, há um pequeno detalhe: pode levar um certo tempo para você fazer a primeira conexão. Como uma pessoa que usa bastante fones de ouvido sem fio, que geralmente se conectam em menos de 5 minutos, eu levei quase 15 minutos para entender como fazer a conexão com meu smartphone e finalmente conseguir o áudio na MEGABOOM 3. Isso se dá bastante pelo fato do aplicativo da Ultimate Ears ser um tanto básico e apenas servir como tela de informações que também estão disponíveis no aparelho “fonte” do áudio. É importante lembrar que o uso não vai ser impossível, mas eu particularmente tive que fazer a consulta do manual de instruções para saber como fazer a conexão. A Ultimate Ears ressalta que o modelo pode ser conectado com até 8 aparelhos ao mesmo tempo. Apesar disso, ao conectar meu notebook e celular ao mesmo tempo, a conexão com um dos aparelhos era perdida. Não é uma configuração que atrapalhará no dia a dia, já que, geralmente, é de apenas um aparelho que as pessoas costumam ouvir música/podcasts. Mas a falsa sensação de até 8 aparelhos poderia ter sido deixada de lado na campanha de marketing. Passado este problema, meu segundo uso foi mais assertivo e assim que smartphone e caixa de som sem fio estavam ligados no mesmo ambiente, a conexão foi feita de forma automática, funcionalidade que eu preciso elogiar. Ao testar o alcance, eu consegui usar por até 40 metros, outro ponto bastante positivo e que pode ser útil para quem está em um cômodo e deseja mudar a música que está tocando, enquanto a MEGABOOM 3 estiver um pouco longe. Disponível para Android e iOS, o aplicativo até pode não ser útil para fazer a conexão da caixa de som sem fio com este modelo, mas o uso fica aprimorado depois que isso está realizado. Além de controlar o volume, é possível alterar as playlists do magic button, que nada mais é um atalho para tocar aquela playlist especial ou álbum que tanto ama. É possível fazer o cadastro de até cinco opções e elas podem ser alternadas ao pressionamento do botão por dois segundos. O mesmo botão pode ser ativado mesmo quando a MEGABOOM 3 estiver completamente desativada, como um rápido acionamento. É uma funcionalidade bastante interessante e que também pode ser citada como ponto positivo. Ainda sobre os botões, é possível saber a porcentagem restante da bateria ao pressionar os botões “+” e “-“, além de saber isso por meio do aplicativo. Com isso, eu percebi que o modelo até possui “voz”, mas como não há microfone, não é possível utilizar assistentes pessoais ou fazer chamadas. Uma alternativa que encontrei para isso foi usar o próprio smartphone como “ouvidos” do MEGABOOM 3 e, dessa forma, consegui dar comandos para ouvir aquela música que conseguiria. Este não é o mercado foco da Ultimate Ears, mas seria realmente interessante se o modelo tivesse suporte nativo para assistentes pessoais por meio de um microfone. Quem sabe na próxima geração.

Áudio

Não há como negar que o áudio soa tão bem quanto a MEGABOOM 3 é bonita. Como uma pessoa que escuta literalmente todos os tipos de música, eu tive a sensação de fazer minha própria balada em meu quarto e não foi necessário nem mesmo colocar o modelo no volume máximo. Com uma potência de 90 dBC, os dois drives com 50 mm (2 pol.) fizeram um ótimo trabalho em ambos os casos colocados a testes. Para ir além, coloquei minha playlist diária (acredite, tem música de literalmente todos os gêneros) no aleatório e analisei a forma como som era emitido. Músicas com mais bateria e batidas são muito melhores no modelo que aquelas que tem mais foco na voz. Em canções com tons mais finos, eu percebi uma leve mudança, mas nada que traga uma experiência péssima ou impossível de se ouvir no dia a dia. Na verdade, fiquei bastante impressionado com os tons de agudo e aqui temos um grande acerto da Ultimate Ears. Tive melhor resultado no modo Voices, que pode ser ativado por meio do aplicativo desenvolvido pela fabricante, mas seria interessante se conseguisse ter acesso a isso sem a necessidade de uma configuração. O modelo se sai bem em literalmente todos os tipos de música e até mesmo em sons de show ao vivo, pois consegui assistir ao show da Anitta no Rock in Rio Lisboa que aconteceu no dia 26 de junho com uma imersão bastante interessante. Estes são os modos disponíveis:

The Standard: padrão sem configurações;Custom: permite personalização completa no equalizador;Voices: ênfase em tons vocais (indico para álbuns e playlists com muitas faixas acústicas);Cramped Spaces: focado em deixar o som com uma experiência de arena, um tanto abafado, mas um pouco mais imersivo.

Por último, mas não menos importante, outro ponto que preciso citar neste review é a entrega do som 360º. A MEGABOOM 3 não dispõe de nenhum padrão Dolby Atmos, mas o modelo consegue se sair bem devido à organização dos alto-falantes. Não há caixas de som em todo o corpo do aparelho, mas seu formato circular ajuda (e muito) que todos que estejam no local consigam ouvir as músicas ou qualquer outro tipo de conteúdo que está sendo emitido.

Bateria

Para uma pessoa que utiliza fones de ouvido sem que geralmente não duram mais que dez horas, eu tive uma breve surpresa que, na verdade, foi bastante agradável ao fazer o uso desta caixa de som. Como precisava saber quanto tempo o modelo levava para ser recarregado do zero, eu tinha que fazer o uso por completo da bateria, certo? E precisei me esforçar bastante para conseguir este feito. O aparelho chegou com 60% da bateria para ser solicitada a conexão com o carregador. O carregamento total foi concluído em três horas, feito pelo carregamento via tomada. A Logitech envia um fio e fonte de 9V na caixa para que você não precise reaproveitar cabos e fontes de energia de outros dispositivos. Após estar com o modelo completamente recarregado, levaram 18 horas (do total de 20 horas estimado pela fabricante) para que eu finalmente precisasse fazer o carregamento. Isso é mais que suficiente para o uso em mais de uma festa e você também pode deixar a MEGABOOM recarregando durante a noite para fazer o uso durante boa parte do dia (e também da noite). Um módulo que pode ser encaixado na parte de baixo da caixa de som sem fio até foi citado pela fabricante, mas este ainda não está sendo vendido de forma oficial no Brasil. Um ponto negativo do carregamento é que a tomada possui um padrão diferente do que boa parte das casas brasileiras possuem, o que me obrigou a fazer o uso de um adaptador. Seria interessante se os atuais modelos com dois ou três pinos que conhecemos fosse optado pela empresa.

Preço e disponibilidade

Com resistência de mergulho de até 1 metro e bateria que alcança até 20 horas de acordo com sua fabricante, a MEGABOOM 3 pode ser encontrada pelo valor médio de R$ 700 a R$ 1 mil na internet e conseguimos encontrar o modelo a R$ 949,05 à vista no Magazine Luiza. Existem muitos modelos da JBL que podem ser encontrados na mesma faixa de preço, como, por exemplo a primeira geração Boombox. Mas esta opção, apesar de também ser a prova d’água, conta com bateria que dura “apenas” 15 horas. Observando todos os recursos, não é exagero dizer que a MEGABOOM 3 pode ser considerada excelente custo-benefício que será usada em diversas partes do ano.

Conclusão

Defino este produto como modelo que é alto o suficiente para boa parte de suas festas ou até mesmo aquela noite especial em casa. A MEGABOOM 3 pode ser facilmente considerada uma ótima caixa de som Bluetooth que será sua verdadeira parceira. Além de boa potência sonora, seu visual elegante entrega classe e estilo para os usuários. Um possível ponto de melhoria seria uma entrada P2 para dispositivos com fio, por mais que o modelo esteja sendo vendido para pessoas que preferem caixas de som sem fio. Além disso, eu gostaria de ver um sistema de pareamento mais inteligente e que permitisse uma conexão mais facilitada. O aplicativo para aprimorar o uso é ótimo e também permite uma “conversação” entre até 150 aparelhos da Ultimate Ears, o que pode ser interessante para quem tem familiares ou amigos que também possuem caixas de som fabricados pela subsidiária da Logitech. Mas vale a pena que o aplicativo BOOM também poderia ser melhor, principalmente como ferramenta inicial no uso. De todas as formas, isso não caracteriza o modelo como um aparelho ruim, muito pelo contrário: uma experiência completa (que sim, poderia ser melhor) será entregue aos clientes.