O roteador do Google foi lançado por aqui no dia 13 de outubro e tem como diferencial o chamado Wi-Fi de malha, isto é, se conecta a um conjunto de dispositivos para criar uma única rede com amplo alcance. Algo semelhante ao que os repetidores de sinal fazem, mas sem precisar ficar mudando de rede. Nós do Showmetech recebemos uma unidade para testes. É importante avisar que a tecnologia Mesh (Wi-fi por malha) funciona quando temos mais de uma unidade do produto, então alguns dos testes não foram possíveis. Aviso dado, abaixo você confere todos os detalhes do Google Wifi, o roteador do Google.
Design
O Google Wifi tem um design interessante, afinal, ele chama a atenção do comprador por ser simples e minimalista. Por outro lado, ele se destaca justamente por passar despercebido no meio dos móveis ou qualquer local que você deseja instalá-lo, sendo como uma peça de decoração. A não ser você, dono do aparelho, ninguém precisa saber que aquele pequeno cilindro de plástico bonitinho é um roteador. Inclusive, se você quiser que o mesmo passe ainda mais despercebido, você pode ajustar o seu LED para 0, deixando ele literalmente apagado. Com toda a sua simplicidade, ele traz uma entrada para energia e duas entradas Gigabit, uma delas WAN e outra LAN. Diferente dos diversos outros roteadores que vemos por aí, você não vai encontrar antenas ou um aparelho gigante aqui. Mesmo assim, ele consegue entregar um alcance interessante, mesmo sem perder o aspecto “bonito” do mesmo.
Configuração e Interface
Na caixa, temos o Google Wifi, um cabo de rede de 2 metros e um cabo de energia. É importante que você entenda o dispositivo como um “ponto” e não como uma central que vai dar sinal para um prédio inteiro. Na caixa diz que um único ponto suporta até 110 m², mas isso pode mudar devido às paredes, material da casa e outros fatores. A configuração por aqui é bem simples e direta. Se você já testou algum dispositivo do Google, como o Chromecast ou Nest, já vai estar habituado ao processo. Caso seja a primeira vez, você vai precisar de uma conta Google e do app Google Home, disponível na Play Store e na App Store. Com o app instalado, o próximo passo é conectar o aparelho à energia e o cabo de rede no modem da sua operadora. Lembre-se de que o Google Wifi é apenas um ponto, ou seja, um roteador, e não um modem que vai substituir o da operadora. No app, depois que estiver tudo conectado, acesse a opção “configurar dispositivo” e siga os passos. Em uma das etapas, você terá de ler o QR Code que está embaixo do dispositivo. Depois disso, tudo estará configurado e cadastrado. Se você já tiver algo relacionado ao Google Home, pode configurar sua casa inteligente pelo mesmo app. As funções para o Google Wifi são muitas, o que me chamou a atenção por facilitar o que antes dava bastante trabalho de resolver. Configurar senhas, rede para visitantes e até mesmo controlar o tempo de Wi-Fi das crianças pode ser feito pelo app, tudo com apenas alguns toques.
Performance
Aqui temos alguns pontos interessantes e bem curiosos. Embora seja bem famoso por trazer uma experiência diferente e talvez até inovadora, o Google Wifi teve um desempenho mediano no quesito alcance. Isso se deve ao fato de termos apenas um ponto e não podermos testar a função “mesh” do produto. Por outro lado, em questão de velocidade, o mesmo conseguiu um resultado ótimo. A banda larga contratada aqui é de 250Mbps da Claro e, bom, o roteador do Google atingiu até mais do que esses 250Mbps em alguns dos testes realizados. Na prática, no entanto, eu senti que a felicidade durou pouco. Nos primeiros dias, vídeos no YouTube carregavam de forma automática na melhor qualidade possível, mas, talvez por começar a utilizar mais dispositivos de uma vez, isso passou a não ocorrer mais. É importante avisar que esses “problemas” ocorreram apenas em meu smartphone. Nas TVs e até no meu notebook, que nem conta com Wi-Fi 5 ainda, o sinal sempre se manteve estável. Senti que o maior problema foi na questão do roteador ser tanto uma rede de 2.4Ghz quanto uma de 5Ghz. Talvez por ter apenas um ponto, o sinal se perde mais do que deveria, deixando a experiência um pouco ruim. Outro fator que precisa ser esclarecido aqui é que minha casa conta com um corredor longo e muitas paredes. Eu não vou conseguir especificar os detalhes dessas paredes ou coisas do gênero, mas isso também deve ter influenciado no resultado.
Conclusão
A experiência com o Google Wifi, em suma, foi muito boa, mas ter mais pontos é algo que realmente faria uma grande diferença no resultado. O roteador mescla muito bem uma boa configuração com um design diferente do que vemos no mercado, assim sendo algo bem único. Internacionalmente, o Google Wifi já existe desde 2016 e o dispositivo foi evoluindo. A grande questão aqui é que a versão mais recente do aparelho é vendida por volta de US$100 com uma unidade e US$200 com três nos EUA. No caso do Brasil, ele chegou com um zero a mais no valor, com preços em torno de R$889,90 com uma unidade e R$1799,90 no kit com 3 unidades. Coisas relacionadas a tecnologia nunca foram sinônimo de acessibilidade no Brasil, mas isso está um pouco mais complicado no momento. Há outras opções que entregam um ótimo desempenho e são mais em conta do que apenas uma unidade do Google Wifi, mas talvez não tenham a sua praticidade e design minimalista. No fim das contas, tudo vai depender das suas necessidades em relação ao Wi-Fi e também do quanto está disposto a pagar. Se morar em uma casa muito grande, talvez seja uma boa opção o kit com 3 unidades, mas, por outro lado, temos ótimas opções mais baratas que servem muito bem o propósito para casas menores. Temos aqui um excelente conjunto que envolve simplicidade e velocidade, mas que peca em sua versão “simples” caso precise do mesmo em locais maiores, especialmente ao considerarmos seu valor em solo brasileiro.
Especificações Técnicas – Google Wifi
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