Devido às restrições causadas pela pandemia de COVID-19, o aumento na receita da Microsoft foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento na demanda por serviços Cloud e soluções para educação a distância e teletrabalho. Inclusive, a companhia investiu bastante em melhorias em diversos serviços e produtos desde o ano passado, incluindo novos recursos do Microsoft Teams e soluções para o Microsoft 365. Somente na divisão de Intelligent Cloud obteve um crescimento de 23%, atingindo uma receita de US$ 15,1 bilhões. O Azure, plataforma de serviços em nuvem da Microsoft, cresceu 50%. No segmento de Produtividade e Processos de Negócios, que inclui o LinkedIn e produtos e serviços do Office como o Teams, a receita da Microsoft foi de US$ 13,55 bilhões. O Office Commercial teve alta de 14%, o Office 365 de 22% e o Office Consumer 5%. As receitas do LinkedIn e do Dynamics 365 também subiram no período, atingindo aumento de 25% e 45%, respectivamente. Outras divisões impulsionadas pela pandemia do novo coronavírus foram a de Games e Computação Pessoal. Graças aos lançamentos do Xbox Series X e S, o aumento nas vendas de títulos e assinaturas de Xbox Game Pass, o segmento de jogos cresceu 34% no trimestre, chegando a US$ 739 milhões. Já a receita da Microsoft com o segmento de Computação Pessoal foi de US $ 13 bilhões, representando um aumento de 19% e fazendo a empresa alcançar a marca de 1,3 bilhão de usuários com dispositivos Windows 10. Ainda na área de PCs, as receitas com o Surface foram de US$ 1,5 bilhão. Com o recente lançamento do Surface Laptop 4 os ganhos devem melhorar ainda mais no próximo trimestre.
Apesar do aumento na receita da Microsoft, futuro pode ser incerto
Apesar de a receita da Microsoft ter tido um salto muito positivo desde 2018, analistas e investidores estão preocupados com o futuro da companhia no período pós-pandemia. Os especialistas acreditam que a volta dos funcionários e alunos às rotinas normais pode ocasionar queda na demanda por serviços como Microsoft Teams e a venda de dispositivos pessoais, por exemplo, impactando negativamente os resultados financeiros. Outro agravante é o forte crescimento da big tech no último ano. Avaliada em US$ 1,97 trilhão, as ações da Microsoft tiveram um aumento de 50% em 2020. O problema é que quanto maior a curva de crescimento de uma empresa, maiores são as expectativas do mercado. A Microsoft acabou sentindo essa pressão e viu suas ações recuarem 3% após a divulgação do relatório com os resultados financeiros do trimestre. Fonte: Microsoft; The Verge; Windows Central e CNBC