Especificações e propostas

Comparando PS5 e Xbox Series X/S, decidimos começar pela dupla ligeiramente mais complexa da Microsoft. Por sinal, foram lançados nada menos que quatro consoles ao todo: Xbox Series X, Xbox Series S e as versões com e sem leitor de discos do PS5. Logo, para facilitar a explicação e disponibilidade ao longo do texto, utilizaremos “Xbox Series X” como sinônimo de ambos, da mesma forma que não trataremos ambas as versões do PlayStation 5 em individual (versão com e sem leitor de disco). Com essa ressalva, é preciso destrinchar as especificações de cada um antes de resumirmos o Series como um único “lado” neste embate dos consoles. Para quem preferir detalhes dos dois Xbox, explicamos em uma publicação dedicada. O Xbox Series X conta com:

1 TB de armazenamento SSD NVME M.2CPU Zen 2, até 3.8 GHz com oito núcleos (variável)GPU AMD RDNA 2, 12 TFLOPs, 52 CUs até 1,825 GHz (variável)16 GB de RAM GDDR6Roda jogos em 4K e vídeos até 8K, com 120FPSConta com leitor de discos

O Xbox Series S traz:

512 GB de armazenamento SSD NVME M.2CPU de 8X Cores @ 3.6 GHz (3.4 GHz w/SMT) Custom Zen 2 CPUGPU de 4 TFLOPS, 20 CUs @1.565 GHz10 GB de RAM GDDR6Possibilidade de rodar jogos na resolução 1440p em até 120FPSNão tem leitor de discos (e é mais fino!)

Em resumo desta chuva de letras e números, o Series X é feito para o gamer que quer o topo de linha da geração atual e o Series S funciona mais para quem vai priorizar mídia física, baixando alguns jogos por vez (pois é, em 512 GB cabe pouca coisa), sem exigir o extremo 4K a 120 frames. Reforçando a diferença de topo/entrada entre os Series, os dois chegaram aqui no Brasil com preço reduzido de R$4.599 e R$2.799, respectivamente. Para expandir a memória de ambos, há o SSD externo da Seagate (que lembra um memory card do clássico PS2) de 1 TB. Infelizmente, no Brasil ele custa mais de R$ 2 mil, algo surreal e bastante inviável para quem comprou o Series S e só quer mais memória. Para donos do Series X, ter o dobro de espaço pode valer mais a pena, pensando que o cartão sai metade do valor do console. O Series X/S traz uma função ótima para jogadores indecisos. Com o Quick Resume você tem o, traduzido literalmente, “resumo rápido” de um jogo. Com uma limitação de títulos que varia em hardware, é possível deixar cerca de 5 jogos suspensos e fazer a troca rápida entre eles, sem precisar passar pela tela de início e nem fazer o loading toda vez que você quiser jogar. Você pega aquela história emocionante exatamente de onde você parou, até quando preferir dar uma pausa e partir para um game mais casual. Por fim, vale comentar a escolha de design dos dois consoles da Microsoft. Enquanto eles podem ser colocados tanto na vertical como na horizontal, o logo do Xbox sugere que o X fique em pé e o S na horizontal. Seguindo estas orientações, a caixa preta do Series X tem 15 x 15 cm de largura/profundidade e absurdos 30 cm de altura. Mais discreto, o Series S branquíssimo tem 6.5 cm de altura, 15 de profundidade e 27.5 cm de largura. O detalhe verde na grade do modelo maior serve como ponto positivo para o design do imponente console. No lado oposto do ringue temos o PS5, equipado com:

CPU Ryzen Zen 2 (octa-core de até 3.5 GHz, com 16 threads)GPU AMD RDNA 2 10.28 TFLOPs, 36 CUs até 2.23GHz (frequência variável)16GB de RAM GDDR6 compartilhadaSSD de 825 GB (5.5GB por segundo)Roda jogos em 4K e vídeos até 8KTaxa de até 120 de quadros por segundo (inferior a 4K)

De fábrica, o PS5 tem ótimo espaço interno para você guardar o que quiser em ambas as versões. Também com reajuste de preços, as duas edições do PS5 chegaram por R$4.699 (com leitor de discos) e R$4.199 (edição digital). O parrudo console permite rodar jogos em 4K a 60 frames por segundo, com um sacrifício de resolução em troca de frames para quem quiser uma jogatina de 120FPS em 1440p. Novamente, a única diferença entre as duas edições é que a “edição digital” não conta com leitor de discos. Diferente da memória externa limitada da Seagate que o Xbox traz, o PS5 teve uma atualização em abril para o drive USB, permitindo armazenamento externo da marca que você preferir. Na traseira dele vemos duas portas USB-A Super-Speed (10 Gbps) e na frente temos discretas USB-A Hi-Speed e uma USB-C Super-Speed (10 Gbps). Há somente uma opção de cores no console da Sony, pois no PS5 vemos o plástico branco com detalhes em preto e iluminação azul. O design do console com certeza denuncia o ar futurista, mas não há como negar que o tamanho colossal surpreendeu muita gente que o viu de perto pela primeira vez. São 39 cm de altura, 26 de profundidade e 10,4 cm de largura. A base versátil permite deixá-lo na horizontal ou vertical, mas o formato curvo e as saídas de ar “pedem” para você instalar o console da nova geração de pé. A escolha da Sony em fazer uma dupla similar, exceto pelo leitor de discos de 500 reais, fisgou a atenção de quem pensou em adquirir o console da nova geração para o uso que mais combinasse com o próprio perfil. Ele não tem especificações básicas e nem um valor “de entrada”, o que qualifica-o como um produto voltado para o público gamer que sabe que o investimento é definitivo, prometendo render a curto e longo prazo.

Jogos no dia de lançamento (multiplataforma)

Uma dezena de títulos chegaram junto dos consoles PS5 e Xbox Series X/S. Por ser lançado no próprio dia 10, Assassin’s Creed Valhalla foi um dos títulos mais fortes a chegar para o Series X no Day One (“Dia Um”, sinônimo para a data que o console foi lançado). Outro aguardado título de uma franquia famosa dos consoles é Call of Duty: Black Ops Cold War, chegando às lojas pouco depois, em 13 de novembro. Watch Dogs Legion, por sua vez, chegou para o Day One do Series X e só duas semanas depois para o PS5 (em mídia física). Mortal Kombat 11 Ultimate, Yakuza 7: Like a Dragon e Dirt 5 foram outros fortes nomes otimizados para a nova geração. Curiosamente, o popular Fortnite também teve sua atualização gráfica com ray tracing aplicado, sendo um exemplo para outros games free-to-play a dar o ar da graça com os videogames de 2020. No Man’s Sky: The Next Generation passou por sua redenção pós-lançamento e foi mais um no PS5 e Xbox Series X/S. Muitos destes jogos tiveram atualização gratuita para quem possuía a versão digital na geração anterior, outros obrigaram um pagamento a depender do pacote adquirido. Black Ops Cold War, por exemplo, foi colocado à venda na edição exclusiva de PS4 e há uma versão multi-geração por 40 reais a mais. Quem adquirir a mídia física do PlayStation deve escolher entre PS4 ou PS5, enquanto a versão do Xbox vem em uma embalagem única para ambas as gerações. Um ponto forte do Xbox é justamente esse: quem tem a mídia física dos jogos novos e ainda não comprou um Series X não precisa se preocupar, afinal, um único disco funciona nos dois videogames. Em contraste, você não pode colocar Watch Dogs Legion do PS5 no seu PS4, pois ele não vai funcionar. Vale lembrar que, salvas raras exceções no caso do PS5, os dois consoles são retrocompatíveis com a geração anterior. Isso significa que você pode rodar 99% dos jogos da sua biblioteca física/virtual do PS4 no seu PS5. Outro destaque para o videogame da Microsoft é que tudo o que você tiver desde o primeiro Xbox (ou seja, quatro gerações!) funcionará no seu Series X, permitindo rodar milhares de jogos, incluindo clássicos que você tiver guardado.

Títulos exclusivos

Quando falamos em retrocompatibilidade e jogos clássicos é inevitável pensar nos títulos que prometem marcar esta geração do PS5 e Xbox Series X/S. De adianto, não são muitos – como sabemos, muita coisa foi adiada para 2021. Junto do PS5 tivemos o Marvel’s Spider-Man: Miles Morales, sequência direta do exclusivo de PS4. Ponto positivo para o PS5 que teve um jogo grátis, o Astro’s Playroom, onde você tem uma demonstração de tudo o que os novos controles proporcionam com seus gatilhos adaptativos, além de ver uma recapitulação dos videogames da Sony. Em 2021 as coisas mudaram um pouco. No início deste ano já tivemos dois grandes destaques exclusivos (surreais e paranormais) do gênero de terror: Returnal no PS5 e The Medium no Series X. Houve ainda Hitman 3, Control: Ultimate Edition, Little Nightmares 2, Crash Bandicoot 4: It’s About Time, It Takes Two, Resident Evil Village e Outriders lançados para os dois videogames. No lado do Series X não tivemos um grande carro-chefe, pois Halo Infinite teve que ser adiado, mas houve uma dezena de games da geração passada com atualização de performance para o novo console, como Forza Horizon 4, Gears 5 e Ori and the Will of the Wisps. Há uma lista extensa de jogos com atualizações desde o Day One, grande parte deles exclusivos e também fazendo parte do sistema de assinatura do Xbox.

Assinaturas de jogos: Game Pass x PS Plus

Não necessariamente limitada a exclusivos do console (e ainda sendo um serviço exclusivo do Xbox) temos o Game Pass, que não poderia ser ignorado nesta comparação entre PS5 e Xbox Series X/S. Trata-se de uma assinatura de R$29,99 por mês que dá direito a centenas de jogos para o Series X, com todos os exclusivos lançados podendo ser baixados sem custo adicional. Há uma assinatura de apenas 5 reais por três meses, seguida de R$ 44,99/mês para quem quiser somar isto ao Xbox Live Gold para jogar online e aproveitar jogos do serviço também no PC. Neste pacote estão inclusos jogos das desenvolvedoras Electronic Arts e Bethesda, como FIFA 21, Battlefield 1, Anthem, Skyrim, Fallout 4 e Doom Eternal. Também há sucessos de outros estúdios, como Resident Evil VII, GTA V, Rainbow Six Siege e Dead by Daylight. Por ser um “aluguel rotativo”, você dispõe destes jogos na íntegra para baixar e jogar quantas vezes quiser até que eles saiam do catálogo – o Xbox te avisa quando for o caso. Para não ficar muito atrasada nesta corrida, a Sony decidiu vir com uma resposta à altura: a PS Plus Collection, compilação dos jogos que marcaram o PS4, agora no PS5. Dentre eles temos Uncharted 4: A Thief’s End, God of War, Detroit: Become Human, Days Gone e Crash Bandicoot N. Sane Trilogy. Jogos de outros estúdios também estão nessa lista, como Batman: Arkham Knight, Final Fantasy XV, Monster Hunter: World e Persona 5. Diferente do Xbox com catálogo rotativo, a Plus te deixa ter os jogos para sempre na biblioteca, contanto que você continue a assiná-la. A PS Plus é uma assinatura presente desde o PS3 e do PS Vita, trazendo cerca de um ou dois jogos gratuitos por mês para cada console. Ganhando força no PS4, ela também serve para jogar online – pois o modelo de pagamento obrigatório para jogar online é algo que PS5 e Xbox Series X/S carregaram nesta transição. Atualmente ela ainda traz um título grátis por mês para PS4 e PS5, mas raras vezes é um game AAA (blockbuster, triple A). A assinatura também é inferior ao Game Pass, custando R$ 25,90/mês e um pacote anual de R$ 149,90. Estes valores são válidos até 7 de julho, quando haverá reajuste de R$34,90 para o mensal e R$199,90 na assinatura anual. Lançamentos exclusivos, porém, ainda custam o valor cheio – passando de R$300 por jogo. Mesmo assim, com certeza os dois modelos de assinatura, Game Pass e Plus, são bastante econômicos para quem quer dar o primeiro passo na nova geração e não pretende gastar muito dinheiro com jogos.

Quem levou a melhor? O que esperar em 2021?

Seis meses depois, os videogames se asseguram como o primeiro passo nesta nova geração. Os dois se mostraram prontos em termos de hardware e em termos de reinvenção no design, merecendo aplausos. Optar por dois consoles com propostas diferentes pode ser benéfico para quem quiser gastar um pouco menos e adquirir o Series S. Enquanto isso, o Xbox escolheu levar consigo uma interface e um controle quase idênticos à geração anterior. Em paralelo, o PS5 se mostrou como um videogame digno da nova geração, tendo um preço ligeiramente menor para quem só quiser baixar jogos, sem uma “versão mais em conta” de hardware. O controle do PS5 com certeza merece o devido destaque por sua inovação tecnológica no feedback dos gatilhos, microfone integrado e a vibração diferenciada. Dentre testes de loading para jogos, o PS5 também leva a melhor. Eles tiveram pontos fortes quando falamos de jogos, sejam eles exclusivos ou não. A atualização gratuita entre gerações tem seu ponto positivo para mídia física no Xbox e é equilibrada entre PS5 e Xbox Series X/S quando falamos de mídia digital. Porém, ainda é muito cedo para tentar definir quem levou a melhor, visto que não tivemos nem meia dúzia de sucessos AAA até o momento (se somarmos ambos!). Ratchet & Clank: Rift Apart é o maior lançamento de peso confirmado no PS5, que acontecerá no próximo dia 11. Final Fantasy 7 Remake Intergrade, versão atualizada do remake, chega no dia 10 com atualização gratuita para quem tem a versão de 2020 do PS4. Horizon Forbidden West e God of War Ragnarok são outros dois que prometem obrigar muita gente a querer adquirir um PS5, mas ambos não tem datas confirmadas – a última informação oficial dizia que sairiam ainda em 2021. Fãs de Halo simplesmente precisam de Halo Infinite, exclusivo do Xbox. Jogos como Psychonauts 2, Senua’s Saga: Hellblade II, Hello Neighbor 2 e Ark 2 prometem ser sequências exclusivas do Series X/S que devem atrair o público para o console. Se somarmos isso às dezenas de franquias retrocompatíveis com gerações anteriores, você tem um enorme potencial para gamers nostálgicos de plantão. Para ambos PS5 e Xbox Series X/S temos muita coisa boa pela frente. Os prometidos Dying Light 2 e Dragon Age 4 estão no radar de quem acompanha eventos gamers há muito tempo. Há ainda o jogo de Star Wars da Ubisoft, a mesma desenvolvedora que adiou o aguardado Far Cry 6. Outra muito falada é a Bethesda, que está desenvolvendo The Elder Scrolls VI e também um game de aventura de Indiana Jones. Por fim, teremos dois games da Rocksteady, Suicide Squad e Gotham Knights, para 2022. Foi dada a largada para a corrida dos consoles e é muito cedo para adiantarmos um vencedor, mas cremos que te demos um bom panorama para você tirar as próprias conclusões de qual console combina mais com você. E aí, entre PS5 e Xbox Series X/S, qual deles mais te agradou? Acha que o PS5 vale a pena? Ou o Xbox vale a pena? Conte para a gente nos comentários abaixo! FONTES: Tom’s Guide|Gamesradar|Eurogamer|Techradar|PlayStation Universe|What Hi-Fi?|The Verge

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