O streaming, que já mudou a forma de consumo de mídia em filmes e TV, como a Netflix, e música, agora chega ao mundo dos jogos. O sistema Stadia de transmissão de jogos em nuvem, que funcionará totalmente integrado ao YouTube, definitivamente vai mudar a relação entre jogadores e o consumo dos games. Phil Harrison, vice-presidente do Google, tem dado muitas entrevistas e explica por que o Stadia deve revolucionar esse mercado. Em entrevistas ao Polygon e ao Eurogamer, ele explicou os planos do Stadia e como ele vai funcionar, além do seu custo e outros detalhes.
Qual o custo para o desenvolvimento do Stadia?
Ao ser questionado sobre quanto custa para o Google desenvolver o Stadia, tanto na parte técnica quanto em pesquisa e desenvolvimento. Na entrevista, o executivo afirmou que o custo é alto nos dois setores. Ainda não foram divulgaram detalhes de orçamento, porém, segundo o Polygon, já há uma previsão de que o Google gastará US$ 13 bilhões em infraestrutura e capital.
Por que o Stadia deve ser um sucesso?
Ao falar com a Eurogamer, Phil também deixou claro que o Stadia provavelmente terá sucesso por causa dos datacenters do Google. A empresa tem se “baseado em praticamente 20 anos de inovação em nível de centro de dados, tecnologia profunda e de ponta, rede e infraestrutura, além da capacidade de não apenas levar os bits ao destino da maneira mais eficiente com um roteamento de rede muito inteligente, mas também o desempenho dentro do datacenter”, completa o vice-presidente. Na prática, isso significa que as conexões para os jogadores serão mais estáveis do que outros serviços de jogos em nuvem que podem não ter o hardware para fazer o backup.
Desenvolvimento de jogos
Phil Harrinson também explicou sobre como funcionará a atuação do Google em relação ao desenvolvimento dos jogos. A empresa deverá trabalhar em duas frentes, em estúdios próprios, e em empresas independentes parceiras, o que deve ser bom para o setor como um todo. Além disso, é uma computação maleável na nuvem e que permite que os desenvolvedores usem uma quantidade sem precedentes de recursos para suportar seus jogos. Sobre a integração com o YouTube, o executivo comentou que “nossa visão para a nossa plataforma é convergir esses dois mundos juntos para que você possa assistir a um jogo, clicar e jogar um jogo e vice-versa”. Em relação a moderação da comunidade, ele disse que o YouTube fez alguns investimentos que permitirão aos pais gerenciar o que seus filhos jogam, com quem brincam e quando brincam.
O Stadia será para todos mesmo?
Embora o plano de lançamento inclui o slogan de um “jogo para todos”, Phil reconhece que por estar na nuvem, vai depender das velocidades de banda larga. No entanto, isso pode ser modificado com a expansão de novas tecnologias como o 5G.
Controle revolucionário e interativo
O joystick do Stadia também promete revolucionar o mercado, isso porque ele tem acesso ao assistente do Google e botões exclusivos para os gamers. Para ativar o controle, o que você precisa fazer é colocá-lo online no Wi-Fi e quando você aperta o botão home, ele saberá que há um Chromecast lá e imediatamente lança o cliente na plataforma. Assim, você verá a interface do usuário e, em seguida, será levado para o jogo. Você pode usar um dispositivo de baixo consumo de energia, como o Chromecast, para ter uma experiência atraente. O aparelho tem menos de cinco watts, é acionado por Micro-USB, enquanto um console típico gira em torno de 100 a 150 watts.
O impacto no futuro dos consoles
Sobre o futuro dos jogos com consoles, como o Xbox e PlayStation, Phil comentou que a mudança será dramática na maneira como os jogos são pensados e feitos. Apesar disso, ele também atentou que isso não será da noite para o dia, os jogadores provavelmente farão um movimento consciente de mudança para os dispositivos em nuvem. O Stadia chega este ano nos EUA, Canadá, Reino Unido e na maior parte da Europa em 2019, mas ainda levará um tempo para ser implantado para o mundo tudo. Fontes: Pocket, Polygon, Eurogamer.