“Estamos estimando um objetivo não anterior a 2025 para o Artemis 3, que seria o primeiro veículo tripulado por humanos na primeira demonstração de um veículo que venceu uma competição da SpaceX”, disse Bill Nelson, em uma teleconferência. Ele ainda atribuiu o atraso ao fracasso do Congresso em angariar fundos suficientes para desenvolver o sistema de pouso humano e ao governo Trump por superestimar as capacidades espaciais dos Estados Unidos. “A meta da administração Trump de um pouso humano em 2024 não era baseada na viabilidade técnica”, afirmou o porta-voz da agência especial norte-americana. A NASA também culpou outros fatores pelos atrasos e custos crescentes. Além do litígio da Blue Origin interromper o relacionamento entre a SpaceX e a NASA, Nelson argumentou que o escopo do projeto Orion aumentou ao longo do tempo e que a crise sanitária enfrentada nos últimos anos causou interrupções na cadeia de abastecimento que afetaram a produção. “Perdemos quase sete meses em litígios, e isso provavelmente fez com que o primeiro pouso humano provavelmente não ocorresse antes de 2025”, disse Nelson. Nelson também revelou que haverá um pouso não tripulado ao satélite “pouco tempo antes” de os humanos pisarem na superfície lunar. A Artemis 1 deve lançar o seu foguete em fevereiro do ano que vem. Com um custo total de US$ 9,3 bilhões, o programa especial está acima da estimativa anterior, de US$ 6,7 bilhões. Para cumprir os novos cronogramas, porém, será necessário mais financiamento do Congresso, alerta o chefe da NASA.
Programa Artemis previa pouso na Lua em 2024
O programa Artemis é liderado pela NASA e os Estados Unidos que, entre outros objetivos, pretende enviar a primeira mulher e a primeira pessoa negra à Lua. O programa tem como meta ainda estabelecer uma presença norte-americana permanente na Lua até o final desta década. Segundo especialistas, o intuito da agência espacial é “colonizar” o satélite natural para ter um lugar para astronautas (e, eventualmente, qualquer pessoa) ficarem antes de viajar até o planeta final: Marte. O primeiro teste integrado de todas as tecnologias desenvolvidas pela Nasa e outras empresas espaciais será feito com a missão Artemis I. O voo não será tripulado e deve acontecer em 2022. “A espaçonave lançará o foguete mais poderoso do mundo e voará mais longe do que qualquer espaçonave construída para humanos já voou”, disse a NASA em comunicado. A expectativa é a de que nave Orion viaje por 450.000 quilômetros durante três semanas e fique no espaço sem se fixar a uma estação espacial. “Esta é uma missão que realmente fará o que não foi feito e aprenderá o que não se sabe”, disse Mike Sarafin, gerente da missão Artemis I na sede da NASA em Washington. “Isso abrirá um caminho para as pessoas que seguirão no próximo voo do Orion.” Os humanos pousaram na Lua, pela última vez, em 1972, na missão Apollo 17. Segundo a NASA, o programa Artemis terá um investimento de cerca de US$ 35 bilhões.
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