Durante a Game XP, no último domingo (09). o Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, aproveitou a oportunidade para divulgar os dados do 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitas. A pesquisa serve como base para exista uma política pública para o setor de games. De acordo com o levantamento, as indústrias do setor estão presentes em todas as regiões do país, mas se concentram mais no polo Rio-São Paulo; cerca de 41,6% delas ficam só nesse eixo. Só em 2018, o Brasil produziu 946 jogos. Entre os games, que são de entretenimento e educativos, 43% são para smartphones e tablets. A pesquisa mostra, principalmente, que o número de empresas no campo cresceu 182% em quatro anos. Durante sua apresentação, o ministro informou que o Brasil é o 13º maior produtor de games do mundo, sem falar que é o maior de toda a América Latina. Já a respeito dos consumidores, o país está em terceiro lugar, com 66 milhões de jogadores. Por causa dos resultados apresentados pela pesquisa 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitas, o Ministério da Cultura pretende lançar, em outubro, uma política nacional de games. A pasta vai investir cerca de R$100 milhões nas linhas estratégicas de desenvolvimento e produção de jogos, desenvolvimento e produção de conteúdo em realidade virtual e realidade aumentada. O valor também será usado para o lançamento de jogos, aceleração de empresas, além de mostras e festivais, infraestrutura, tecnologia, formação e capacitação. Para administrar o projeto, o Ministério da Cultura criou um grupo dentro do Conselho Superior de Cinema. A relação do projeto com o CSC é porque os jogos são projetos audiovisuais. De acordo com o Ministro, a política é importante também por causa do crescimento que ela causa no país e para gerar mais empregos para jovens que gostam do campo de games.
Iniciativa do Ministério da Cultura também apresenta diversidade
Como reporta a Folha, em editais passados, foi feita uma política para induzir uma maior diversidade no setor. De acordo com Sérgio Sá Leitão, o edital determina que “50% dos projetos premiados devem ser de mulheres, 25% de negros e indígenas, 50% devem ser de iniciantes e tem também o recordte regional. Então, 30% têm que ser do Norte, Nordeste e Centro-Oeste“.