A seguir, relembre os 10 piores remakes e remasters de todos os tempos.
Silent Hill HD Collection (2012)
Silent Hill HD Collection pode ser considerado um dos piores remasters da história. A coleção integra uma suposta melhoria nos visuais do segundo e do terceiro jogo da aclamada franquia da Konami, mas foi muito mal sucedida na recepção dos fãs, evidenciando grandes falhas de seu desenvolvimento e servindo de mau exemplo na indústria dos games até hoje. Algumas texturas horríveis dos jogos são claramente mal feitas, a exemplo das fases com névoa, asfalto e água. Além disso, o brilho foi muito escurecido e enxergar o que há na tela é um grande esforço, mesmo considerando seu gênero (terror). Alguns efeitos sonoros foram refeitos e houve redublagem dos personagens, a maioria em desacordo com os originais e incrivelmente toscos. Nenhum dos trabalhos, no entanto, trouxeram resultados e contribuições positivas ao título, lançado para Xbox 360 e Playstation 3.
Mafia II: Definitive Edition (2020)
O remaster de Mafia 2, clássico título da 2K, não foi nem um pouco feliz em seu lançamento. Repleto de bugs e glitches, não só de texturas e de modelos 3D que desapareciam de repente, mas em efeitos sonoros e nas vozes dos personagens. Um jogo bastante desrespeitado pelo que foi entregue, deixando fãs furiosos ao apresentar uma obra muito estragada por muitos travamentos em reproduções das vozes gravadas e texturas quebradas, os quais estavam completamente normais na versão original.
Warcraft III: Reforged (2020)
Jogos de estratégia em tempo real tiveram seu tempo, sua era de ouro. Com Warcraft III não foi diferente. O game colocava a Blizzard Entertainment no pioneirismo do gênero, além de Starcraft, sua franquia de grande sucesso mundial. Entretanto, o remaster do RTS não foi bem sucedido nesses anos recentes: trouxe uma estética diferente dos modelos 3D, pouco polimento gráfico e apresentou uma série de bugs que quebravam as texturas dos sprites durante a jogabilidade, contrariando todas as promessas que a Blizzard fez. Muito frustrante a quem aguardou tanto pela novidade.
GTA: The Trilogy (2021)
A tão esperada edição de Grand Theft Auto remasterizada, “The Trilogy – The Definitive Edition”, chegou aos consoles modernos e ao PC no fim de 2021 e motivou a compra de muitas pessoas, mas causou muita polêmica ao ser lançada. A Rockstar foi muito criticada pelos fãs por vender os jogos GTA III, San Andreas e Vice City em um só pacote, a cerca de R$300 no Brasil, entregando remasters bastante ruins: a qualidade das texturas saiu pobre demais, uma série de bugs absurdos foram presenciados e o estilo visual adotado acabou caindo no vale da estranheza (pois se manteve em estéticas mais cartunizadas do que realistas, mantendo formatos de modelos 3D dos jogos originais). Todos esses fatores, aliados a uma inteligência artificial ainda muito defeituosa, culminaram em desastre total aos jogos clássicos em sua versão remasterizada, outrora tão prestigiados.
TMNT: Turtles in Time Re-shelled (2009)
O remake TMNT: Turtles in Time Re-shelled tentou trazer uma renovação gráfica e mecânica para o arcade clássico da franquia, Turtles in Time. O resultado foi mais do mesmo: um jogo que inova pouquíssimo nas diferenças em comparação ao original no que tange a noção espacial do 3D, pouquíssimo distinta e impactante na jogabilidade. As animações dos personagens parecem estranhas em meio a uma entrega de taxas de quadros esquisita em certos momentos também, o que contribui para que o título esteja nessa lista. Seria melhor ter ficado somente com o clássico, apesar de um visual e um modo online interessantes.
Tony Hawk’s Pro Skater HD (2012)
Tony Hawk’s Pro Skater HD fez parte de uma onda de remakes e remasters para a 7ª geração de consoles (Xbox 360, PS3 e Nintendo Wii), mas não trouxe mudanças consideráveis para além de seus gráficos. Essa versão remake da tão amada franquia ainda deixou alguns atributos de lado, como o modo cooperativo local com tela dividida. Além disso, a física apresentava bugs absurdos com certa frequência, principalmente nas física das colisões. O remake não convenceu muita gente e certamente nunca capturou o espírito de diversão que a versão original carregava.
Goldeneye 007: Reloaded (2010)
O clássico título de Nintendo 64 do espião mais famoso dos cinemas fez grande sucesso à sua época. Seu remake, no entanto, chegou para o Wii com visuais bastante embaçados e uma mecânica de tiro ruim de ser controlada pelo jogador enquanto se movimentava pelos cenários e se mirava com a arma ao mesmo tempo. Além disso, a IA dos inimigos era um tanto quanto desprezível e a furtividade de James Bond (007), personagem que você assume, raramente funcionava. Resta apenas torcer por remakes e remasters melhores no futuro próximo.
XIII (2020)
Um título de FPS que ganhou pouquíssima atenção de jogadores foi XIII e, por algum motivo, a Ubisoft resolveu remasterizá-lo. Desde o seu lançamento, os problemas saltam à vista: animações muito rígidas e estranhas do personagem jogável, inimigos que travam em posições em T (modo padrão em que são desenhados, quando ainda estão sem sua IA e seu funcionamento) e muito mais erros e bugs que deixam um gosto amargo com uma jogabilidade quebrada a todo momento.
Metal Gear Solid: The Twin Snakes (2004)
Será que existe algum remake tão violado quanto esse na história? Metal Gear Solid: The Twins Snakes chegou para o GameCube com uma jogabilidade diferente do original (antes presente no segundo título da franquia, Sons of Liberty). As mudanças feitas para o título não mudam quase nada, inclusive, a não ser uma imagem bem borrada e embaçada o tempo todo, especialmente nas cutscenes. Além disso, alguns críticos exigiam que houvesse alterações mais drásticas e um level design mais alinhado ao padrão de desafio do original, o que faz muito sentido para o título.
Double Dragon II: Wander of the Dragons (2013)
Com certeza, o remake Double Dragon II: Wander of the Dragons foi um dos piores já feitos. O game sustenta uma jogabilidade entediante e uma narrativa muito ruim para os padrões da franquia de beat’em up, oriunda dos arcades em 1987. O pior de tudo é que ele apresenta problemas absurdos de taxa de quadros, algo essencial para uma jogabilidade fluida no gênero, ou seja, acaba tornando o ato de jogá-lo extremamente maçante. Os remakes e remasters sempre vão existir e tem se tornado tendência nos videogames modernos, independente do espaço de tempo em que quaisquer títulos estejam entre o lançamento do original e os dias atuais. Bons exemplos existem em grande quantidade, mas para se deparar com jogos como os citados nessa lista não é preciso muito esforço. Torçamos todos pelo bom trabalho dos desenvolvedores e, sobretudo, pela lucidez das empresas e seus investidores no futuro. Veja também: Se esse texto te deixou desanimado(a), veja também um ótimo remake recente que analisamos: REVIEW: The Last of Us Parte 1 é primor técnico no PS5. Fontes: Gaming.net, Gameranx, WatchMojo