Superhot
Este jogo tipo arcade em First Person Shooter não é apenas um título inovador em sua jogabilidade – baseada no gerenciamento de tempo ligado ao movimento – mas também no conceito de quebrar a 4ª parede. Ou seja, o jogo consegue se comunicar diretamente com o jogador que está atrás dos controles do personagem. SuperHot começa como um jogo comum e divertido que, com o passar do tempo, se transforma lentamente em uma crítica da imersão de hoje em realidade virtual e procrastinação da mente. Os jogadores logo perceberão que estão envolvidos demais para parar e se descobrirão querendo saber mais sobre o que diabos está acontecendo enquanto tentam resolver seus quebra-cabeças de combate. Além disso, como o próprio jogo avisa tantas vezes ao jogador, você vai descobrir que a adrenalina que SuperHot emana é intoxicante demais para ser abandonada.
Amnesia: The Dark Descent
Amnésia: The Dark Descent é, sem dúvida, um dos pioneiros dessa nossa lista de games indies (e um título que só deve ser jogado pelos fortes de coração e alma). O game trouxe de volta a temática de terror do escritor H. P. Lovecraft para o cenário dos games e se tornou em pouco tempo um gênero fértil para o desenvolvimento de jogos independentes, sendo seguido até hoje por diversos outros games como Layers of Fear, Call of Cthulhu, entre outros. Este jogo é obrigatório para todos os fãs de terror por aí que gostam da ideia de não serem capazes de se defender, como os jogos Outlast tão magistralmente adotados. Seu ambiente sombrio e o desamparo que transmite é apenas uma parte do apelo deste jogo, pois sua intrigante história cativa do início ao fim de uma maneira aterradora e gratificante.
Ori and the Blind Forest
Se a história de Ori não te fizer chorar (ou ao menos ficar com os olhos lacrimejando), você é feito de pedra. Este conto de amor, resistência e superação de grandes obstáculos atrai desde os primeiros minutos. A história começa com a infância de segurança e alegria do órfão Ori com Naru, um ser parecido com um urso, que termina abruptamente quando a tragédia separa os dois. Esse é o momento em que a jornada do game começa e Ori deve navegar pelo belo mundo de Nibel em um estilo de jogabilidade Metroidvania. A história de Ori and the Blind Forest é maravilhosa, mas explorar o mapa detalhado e vibrante, com todos os seus segredos ocultos, torna a experiência ainda melhor.
To The Moon
Apesar de sua jogabilidade direta, a narrativa de To the Moon – que incumbe os jogadores de reconfigurar as memórias de um homem com o coração partido para cumprir seu desejo antes de morrer – é algo profundo e marcante. Com seu estilo cativante de RPG Maker, To the Moon opta por um visual simples em favor da caracterização perfeita em pixels e uma história que envolve um golpe emocional que nos deixa chorando incompreensivelmente no momento em que os créditos rolam. O game sozinho provou que os desenvolvedores independentes não precisam de um orçamento enorme ou de gráficos da próxima geração para contar uma história verdadeiramente bonita.
Overcooked
“Corte as cebolas!” Existem poucos jogos que podem levar seus amigos mais calmos a se transformarem em um grupo frenético de palavrões e pânico, invocando uma agressão oculta que você suspeita estar sempre lá, mas nunca encontrou uma situação estressante o suficiente para expô-la . Bem, o Overcooked pode ser justamente o game que você precisa se quer provocar esse tipo de sentimentos. Não se deixe enganar por sua trilha sonora encantadora e deliciosamente fofa, pois cada nível de Overcooked exibe a capacidade de design de jogos dos criadores, apresentando um desafio que transforma os trabalhos domésticos na cozinha em um dos maiores testes que suas amizades já enfrentaram enquanto você tenta servir comida suficiente antes do tempo acabar. É um caos simplesmente adorável.
Cave Story
Uma das histórias de games indies mais antigas e famosas é Cave Story, uma obra-prima de 8 bits do gênero Metroidvania. Na pele de Quote, um robô bonitinho, mas corajoso, o jogador passa de tela em tela percorrendo o mundo único criado por Daisuke ‘Pixel’ Amaya. Apesar de Cave Story ter sido lançado inicialmente em 2004, ele se mantém incrivelmente bem e com um jogabilidade refrescante no dias atuais. Seu estilo de arte pixelizada e a trilha sonora ajudam a recuperar os jogos antigos, mas é o fantástico design de níveis de Cave Story que o torna um jogo brilhante de explorar. Desde sua estreia, o jogo permanece acessível de forma gratuita no site oficial do título e também pode ser obtido em várias plataformas de games disponiveis.
Hyper Light Drifter
Hyper Light Drifter é um jogo incrivelmente bonito que, às vezes, passa uma sensação de indecisão entre sua apresentação serena e sua jogabilidade extremamente difícil. Embalado até a borda com lindos pixel art, animações e música, é um jogo inegavelmente estimulante em termos visuais tanto para quem está atrás dos controles quanto para quem assiste ao jogo. Escondendo-se sob este exterior bastante bonito, no entanto, há um interior recheado de lâminas afiadas que compõem a jogabilidade do Hyper Light Drifter. Com inimigos e chefes frequentemente desafiadores, esse é um dos games indies que rapidamente se tornou um jogo de extrema habilidade e paciência, que encontrou seguidores dedicados nas fileiras daquelas pobres e infelizes almas viciadas em jogos excessivamente difíceis.
Shovel Knight
A encantadora homenagem da Yacht Club Games ao 2D da era do Nintendinho (NES) com seus games de plataforma revigorou o gênero para os tempos modernos tornando uma fórmula clássica atrativa para os jogadores atuais. Apresentados em um estilo retrô de 8 bits, os jogadores assumem o controle do herói enigmático Shovel Knight em sua missão de derrotar os cavaleiros do mal. O jogo foi elogiado como uma homenagem aos clássicos que o inspiraram, enquanto ainda entregava algo novo ao gênero, com seus gráficos refinados e controles intuitivos. E vendeu mais de dois milhões de cópias, provando que o gênero está longe de ser morto e enterrado. O desenvolvimento no Shovel Knight continuou desde o seu lançamento em 2014, com o jogo recebendo várias atualizações, incluindo três novas campanhas nas quais você joga como alguns dos personagens mais coloridos do universo Shovel Knight como Plague Knight, Specter Knight e o presunçoso King Knight.
The Witness
The Witness, de Jonathan Blow, tinha grandes expectativas pela comunidade de jogadores. Isso porque seu criador era responsável por um dos títulos da “aurora dos games indies”, Braid. E, para a grande maioria, o game alcançou e até superou as expectativas. Situado em uma ilha que parece absolutamente deslumbrante, depois de um hora mergulhado nesse mundo abstrato e misterioso repleto de quebra-cabeças, uma nova percepção se desenvolve no fundo da mente do jogador. A jornada para entender The Witness é mágica. Ele pega os jogadores pela mão, guiando-os por uma infinidade de quebra-cabeças, todos projetados em torno do conceito simples de desenhar linhas em uma grade e cada quebra-cabeça individual ensina ao jogador algo novo ou constrói um conceito anterior, tornando todas as informações que você aprender ao longo de sua jornada extremamente valiosas. Não se surpreenda se você se pegar desenhando os quebra-cabeças em papéis ou se deparando com algumas surpresas incríveis e bizarras que o game esconde.
Super Meat Boy
Quem diria que jogar como um pedaço de carne, aperfeiçoar corridas cronometradas e ficar preso em um ciclo de centenas de mortes poderia ser tão divertido? Super Meat Boy foi um dos primeiros jogos da leva de games indies que fez sucesso ao criar uma aventura ao estilo do clássico design de Super Mario Bros., mas substituiu o encanador amado por um cubo de carne, modernizou as plataformas e tornou toda a jogabilidade incrivelmente rápida! O mais notável do Super Meat Boy são os controles suaves e seus níveis desafiadores com um pouco de prazer no final de cada nível. O jogo ainda faz questão de mostrar ao jogador todas as tentativas realizadas na forma de pedaços de carne e sangue que ficam espalhados pelos níveis nos locais onde o jogador encontrou sua morte salgada e, estranhamente, é viciante assistir a todos os Meat Boys morrerem. Com algumas plataformas fortes, animações encantadoras e uma jogabilidade que o mantém voltando para mais, Super Meat Boy é um jogo fácil de amar.
Limbo
Como o primeiro título de um grupo de desenvolvedores independentes dinamarqueses, a Playdead, Limbo cativou os jogadores com seu impressionante estilo de arte monocromática e uma atmosfera rica e desoladora ao mesmo tempo. Lançado no Xbox Live Arcade em 2010, este ambicioso jogo de plataforma liderou o renascimento dos games indies, vendendo milhões de cópias e lançando-se em várias plataformas. O jogo narra a jornada de um menino em um mundo estranho definido por tons de preto e branco pontuados por rajadas de luz em um fundo de sons ambientais. Limbo foi aplaudido por seu estilo minimalista de arte e interpretação narrativa, apesar do fato de o game não ter diálogos. O Limbo é frequentemente citado como um exemplo de forma de arte no mundo dos games e ajudou a relançar a popularidade do gênero de plataformas de quebra-cabeça junto com jogos como Braid.
Bastion
A Supergiant Games fez sua estreia na cenários dos games indies com este jogo de aventura isométrico (uma visão entre o 2D e o 3D), dirigido por narrativas. A trilha sonora, dublagem e mundo único de Bastion fizeram brilhar rapidamente e ganhar críticas muito positivas dentro da comunidade de críticos e jogadores. Além de Bastion, a Supergiant Games também é responsável por dois outros grandes sucessos do mundo dos games indies: Transistor e Pyre.
Untitled Goose Game
Definitivamente esse título é a maior supresa de nossa lista e também do mudo dos games em 2019. Em Untitled Goose Game o jogador assume o papel de um ganso. Sim, isso mesmo: um ganso! Seu propósito? Infernizar a vida dos moradores de uma pequena vila na Inglaterra coletando itens e provocando confusões. O grande trunfo por detrás desse game é como uma proposta tão simples consegue ser tão divertida. Nem mesmo os desenvolvedores do game, a equipe da House House, imaginava que sua aventura com um ganso faria tanto sucesso. Mesmo sendo um jogo curto, que pode ser terminado em cerca de 2 horas, Untitled Goose é uma experiência divertida, leve e que promete arrancar muitos risos enquanto você estiver tocando o terror por trás da pele de um simples, mas perigoso ganso mal-humorado.
Dead Cells
Games ao estilo roguelike, em que é preciso explorar o ambiente em busca de itens, ficaram em destaque quando os games indies começaram a conquistar jogadores e críticos. E com tantos games com mecânicas semelhantes, Dead Cells não apenas aproveitou o estilo roguelike, mas também ganhou visibilidade nesse nicho. A desenvolvedora Motion Twin criou uma vibrante aventura com estilo de arte em pixel 2D e uma trilha sonora ameaçadora que combina aspectos de metroidvania com permadeath, criando um novo termo para o gênero de jogos: roguemania. Não se engane pelo belo visual do game, pois ele não é moleza. Seu combate em ritmo acelerado mantém os jogadores atraídos enquanto explora um mundo sombrio, procurando pelo próximo inimigo ou objetivo. Jogadores mais atentos aos detalhes das mecânicas do game podem até arriscar e dizer que Dead Cells é semelhante a um “Dark Souls em 2D”.
Hotline Miami
Assim como Limbo e Super Meat Boy, aqui temos um game indie lançado há um bom tempo, mas que continua fazendo sucesso entre os jogadores. Hotline Miami talvez tenha sido o primeiro game do gênero de shooters com visão de cima para baixo associado à narrativa (um feito louvável da desenvolvedora Dennaton Games). No jogo, os jogadores disparam, esfaqueiam e abrem caminho em diferentes cenários fechados, a fim de atingir os alvos que recebem por telefone, tudo no clima dos anos 1990. Sem muita explicação, o jogo avança até começarmos a perceber que nada é exatamente o que parece, e motivos mais profundos se tornam cada vez mais claros. Por trás da fúria incondicional e diversão que Hotline Miami apresenta como sua linha de frente, reside um equilíbrio quase perfeito de design de níveis, som e mecânicas de jogabilidade.
What Remains of Edith Finch
What Remais of Edith Finch é um game distinto em nossa lista. A narrativa lida com os destinos tragicamente selados de cada membro da família de Edith. Mas o que faz Edith Finch brilhar tanto foi a maneira como esse “simulador de caminhada” invocou qualidades emocionais principalmente através de sua jogabilidade. O game é uma obra da Giant Sparrow, mesma criadora de outro clássico indie, Unfinished Swan, de 2012. Este título serviu como uma “tela em branco” onde os desenvolvedoes puderam testar uma grande variedade de estilos de jogabilidade e estética que foram utilizados ao longo da jornada de Edith. Cada um desses elementos refletem as mentalidades e as perspectivas dos membros individuais da família Finch antes de conhecer sua morte prematura. Poderíamos entrar em detalhes, mas se você valoriza formas experimentais de contar histórias em jogos, What Remains of Edith Finch é muito melhor interpretado do que explicado. Acredite, é uma experiência que você não vai se arrepender.
Katana Zero
Apesar de seu visual pixelado e uma temática de ninjas contra vilões, acredite: Katana Zero não é nem um pouco um game clichê. O jogador começa sua aventura com a espada afiada desse assassino formidável com um sério senso de novidade desde o início. Essa sensação só melhora com todos os pontos da trama e as batalhas explosivas neste jogo de plataforma que permite espaços para estratégias de combate enquanto você desacelera o tempo. A fluidez de game certamente é seu melhor atrativo, mas Katana Zero também reserva um momento para explorar um enredo intrigante ao lado de uma jogabilidade interessante. O diferencial está nas várias maneiras diferentes de gerenciar cada nível para se adequar seu estilo de jogo. Katana Zero faz tudo o que foi feito antes, mas, crucialmente, ele pega os melhores pedaços de tudo o que veio anteriormente e os faz brilhar.
Return of the Obra Dinn
Aqui está um gênero que no passado fez muito sucesso no universo dos PCs, mas que nem mesmo os games indies pareciam capazes de trazer para os dias atuais: o jogo de mistério. Return of the Obra Dinn coloca os jogadores no papel de um investigador que precisa descobrir o destino de todos os tripulantes do navio Obra Dinn, que apareceu no porto completamente vazio e cercado de mistérios. Até aí nenhuma novidade, não fosse pela interessante mecânica que o jogador tem acesso: um relógio que permite voltar no tempo e presenciar o exato momento em que cada tripulante do navio encontrou seu trágico destino. Com um visual que remete aos tempos do Apple II, você precisa registrar em seu diário e juntar todas as pistas para desvendar todos os segredos do Obra Dinn. A tarefa pode parecer árdua, mas a recompensa final é surpreendente.
Gris
Da mesma forma que Journey (outro game de nossa lista), Gris é uma experiência mais recente no território dos games indies que se aproximam de uma obra de arte. Ironicamente, a história de uma jovem que perde sua voz e precisa percorrer o mundo e restaurar suas cores é totalmente contada sem um único trecho de diálogo, tornando a aventura uma jornada extremamente emocional, profunda e tocante. Além da história simples e emocionante e da mecânica intuitiva de sua jogabilidade, Gris é um show para os olhos. Os cenários do game são de traços leves e parecem saídos de um pintura em aquarela. A música também é feita sob medida para acompanhar dos momentos mais leves aos extremamente tensos. Mesmo sendo uma experiência curta, Gris é um jogo que certamente deixa uma marca no coração do jogador depois de ele ver o mundo dessa jovem ganhando aos poucos suas cores vibrantes de volta.
Cuphead
Cuphead é um jogo de tiro frenético do StudioMDHR e que instantaneamente chamou a atenção das pessoas quando foi anunciado graças à sua impressionante animação inspirada nos desenhos animados clássicos da década de 1930. Emulando a estética de um desenho animado de Walt Disney com estilo retrô em todos os aspectos – incluindo a qualidade do vídeo e o design de som – os jogadores assumem o controle de Cuphead ou Mugman em uma batalha para pagar sua dívida com o Diabo depois que um acordo dá errado. O jogo foi elogiado e, em alguns casos, até criticado por sua dificuldade desafiadora, que muitas vezes se assemelha a críticas feitas na série Dark Souls, apesar de suas claras diferenças de design. Todas as animações foram desenhadas à mão e os fundos foram lindamente pintados usando aquarelas antes de serem coloridos no Photoshop. Isso resultou em um jogo que muitos adoraram por seu estilo e nunca se esqueceram de sua dificuldade.
Stardew Valley
Originalmente lançado para PC, Stardew Valley teve um renascimento quando foi lançado para o Nintendo Switch recentemente. Desenvolvido por Eric Barone e Sickhead Games, o game equilibra de forma fantástica uma combinação de simulador de gerenciamento agrícola e elementos de RPG, contendo todos os ingredientes certos para tornar você viciado nessa vida de fazendeiro virtual. Com muitas pessoas interessantes para conhecer, colheitas para crescer e uma mina parecida com uma masmorra para explorar, Stardew Valley é um game que tem algo para todos. A liberdade que ele permite ao jogador faz deste joguinho um lugar agradável para passar várias horas e nem perceber o tempo passar.
Undertale
Se você é amante de games e nunca ouviu falar em Undertale, onde você estava? Em meio à popularidade fora de controle que enfrentou no lançamento, fica fácil esquecer que todo o burburinho criado pelo game era completamente justificado. O mundo criado por Toby Fox nos inspira com sua escrita peculiar e apresentação excêntrica. Undertale usou essas qualidades para chamar a atenção para as maneiras pelas quais o jogador poderia se apegar emocionalmente aos personagens e, por sua vez, aos modos com os quais o jogador pode impactar seu mundo – para melhor ou para pior. Complementado por uma trilha sonora maravilhosa e um sistema de batalha diferenciado que misturou elementos de jogos de aventura e jogos de tiro (e de alguma forma o fez funcionar), Undertale não apenas desafiou o relacionamento dos jogadores com os jogos, mas o fez com talento e coração.
Hollow Knight
Com uma mistura de metroidvania e elementos parecidos os games da série Dark Souls, Hollow Knight não chegou a abrir novos caminhos, mas melhorou e acrescentou um toque especial a esses dois tipos de mecânicas de jogabilidade. Transbordando personagens fofinhos e brilhantes designs de inimigos (retratados com um estilo de arte fofo desenhado à mão), é uma brincadeira visualmente atraente através de um mundo de insetos e monstros cruéis, apoiados por controles responsivos e mecânicas confortáveis. O combate é rápido e explosivo, com ataques pesados e grandes poderes especiais, tornando até o menor confronto uma delícia de se realizar. Isso é levado ainda mais longe com as batalhas inventivas dos chefes e a incorporação da mecânica de almas, que permite aprimorar seu personagem com orbes caídos de inimigos derrotados. Enquanto no nível de jogabilidade Hollow Knight não era particularmente original, foi na execução dessas mecânicas que o game obteve sucesso, tornando-se mais um forte jogo de plataforma de metroidvania a sair no cenário de desenvolvimento de games independentes nos últimos anos.
Journey
Journey foi a criação da That Game Company que colocou os holofotes sobre os jogos independentes nos consoles de última geração. Pode-se dizer que graças esse jogo agora os desenvolvedores independentes não têm mais medo de tentar criar suas seus trabalhos para o Playstation 4 ou Xbox One, e muito menos para o Nintendo Switch, que agora parece ser o console principal dos estúdios independentes. Originalmente lançado para PS3, remasterizado para PS4, agora Journey também está disponível para PC através da Epic Store. Journey mudou as regras de como um jogo independente poderia ser e, acima de tudo, parecer. É uma montanha-russa emocional com foco na mecânica de jogo (que permite você interagir com jogadores desconhecidos somente usando o canto), belos gráficos e técnicas inovadoras de contar histórias. Além disso, Journey é uma prova viva de videogames podem ser obras de arte e se você precisa convencer seu pai/mãe/namorada/namorado que games podem provocar emoções fortes e profundas, experimente apresentar-lhes Journey e veja os resultados.
Celeste
Quando se analisa a história e objetivo por trás de Celeste, é possível imaginar que um jogo em que você precisa escalar uma montanha gelada não deveria tão emocionante. Mesmo assim, esse game deu as boas-vindas aos jogadores e jamais desistiu de cativá-los ao longo da jornada da corajosa Madeline. A suavidade sublime da animação, estilo artístico e controles tornam a dificuldade e as constantes mortes muito mais suportáveis. Celeste seguiu o mesmo estilo de outros games indies de plataformas considerados difíceis, como Super Meat Boy ou VVVVVV, e criou o game de plataforma na montanha mais acessível e dura de todos os tempos. Em uma cultura de jogos em que acessibilidade é uma palavra suja para os puristas, ou um compromisso para ajudar na venda, Celeste demonstrou como os jogos podem ser desafiadores para todos. Para quem se afastou deste game encantador em seu lançamento, jogue-o, mesmo que seja apenas para conhecer um hipster muito amigável, um gerente de hotel morto-vivo bastante solícito ou mesmo para entender os sentimentos e angústias de Madeline, que transparecem mesmo através de poucos pixels.
Games indies para todos os gostos
É difícil que nenhum dos games dessa lista atraia sua curiosidade e atenção, pois aqui temos jogos de praticamente todos os gêneros, estilos possíveis e plataformas disponíveis para agradar todos os paladares dos jogadores iniciantes aos mais experientes. Curtiu a nossa seleção de games independentes? Tem alguma sugestão de título que também deveria estar nessa lista? Não esqueça de deixar sua opinião na seção de comentários.