O episódio, intitulado “O Tipo Amigável”, começa já com adrenalina, correria e porradaria, mas mesmo mantendo seu ritmo, tendo vários momentos de jogadas rápidas, ele é menos terror e mais gracejo, perdendo aquele brilho que diferenciava ele dos demais programas do MCU.
Introduzindo outros deuses egípcios
O episódio também apresenta novos personagens, introduzindo os avatares de outros deuses do panteão egípcio, o que trouxe uma nova dinâmica para a série. Os deuses apresentados são Hórus, Ísis, Osíris, Tefnut e Hathor, e mostra também como funciona a dinâmica entre eles e seus avatares. A reunião dos deuses acontece na Pirâmide de Gizé, a maior das três mais conhecidas do Egito. Tendo uma atitude atrevida, Konshu convoca os deuses numa tentativa de acusar Arthur Harrow de conspirar para trazer Ammit de volta. Mas numa reviravolta não tão surpreendente assim, ele acaba virando o jogo a seu favor, e acaba se livrando das acusações, jogando Konshu e Marc como os errados na história. Com os deuses podemos então ver outra jogada que não é novidade na Marvel. Em Eternos, eles decidem não interferir nos assuntos humanos e aqui temos algo semelhante com os avatares, que estão por perto, mas sem interferir diretamente.
Marc X Steven X Layla
Como sempre, Oscar Isaac sustenta completamente todo episódio, com suas duas personalidades, se dividindo entre Marc e Steven, e suas interações com Konshu. Além disso, temos um pequeno vislumbre da terceira personalidade do personagem, provavelmente Jake Lockley. A interação entre Marc x Steven x Layla é outra coisa a ser destacada, principalmente porque podemos perceber como o conhecimento de Steven sobre a cultura egípcia não é necessariamente algo que Marc conhece. E Layla rapidamente compreende essas diferenças e consegue intermediar os dois.
Um vilão não tão impactante
Na primeira cena onde vemos Harrow, todos concordamos que foi impactante. E mesmo em seus primeiros momentos, seu personagem parecia promissor, com objetivos supostamente empáticos pensando na ideia de um mundo melhor. Mas nesse episódio a única coisa que vinha em minha mente era como ele é chato. Se a ideia é que nós detestemos o personagem, ok, está indo bem, porém, se era para ser algo mais empático, falhou bastante. Nesse episódio ele foi só insuportável. Seu jeito calmo, com fala mansa, lembra muito um político querendo conquistar votos. Parece muito a situação que vivemos ultimamente no nosso país. Talvez vejamos um pouco mais de sua vilania nos próximos episódios, mas se seguir da forma como tem se apresentado, Harrow será uns dos vilões mais esquecíveis do MCU. Mas, de forma geral, esse terceiro episódio trouxe momentos impactantes, como quando Konshu e Steven alteram o céu, mas deixou também a sensação de que a série ainda não teve muita liberdade de manter um ritmo mais adulto e sombrio como foi nos dois primeiros episódios.
Easter eggs e referências
Esse episódio trouxe algumas coisinhas interessantes de se notar. Algumas delas podem ser apenas referências, mas também podem servir como um pequeno gancho para encaixar a série de fato no MCU. Além disso, alguns detalhes servem muito para destacar o Transtorno de Múltiplas Personalidades de Marc.
Referência ao Pantera Negra
Na cena onde Marc e os outros deuses se reúnem na Pirâmide de Gizé, podemos ver diversas estátuas por lá. Após entrar na pirâmide, se você olhar com atenção, irá perceber a presença da estátua da deusa Pantera — também conhecida como Bastet.
Layla revela mais detalhes sobre a condição de Marc
A primeira coisa que podemos ver envolve Layla, logo no início no episódio, quando a mesma está criando sua nova identidade falsa. Essa cena é de grande importância não só para aprofundar sobre quem ela é, mas também vai a fundo no Transtorno de personalidade de Marc. Layla também comenta que o novo apartamento de Marc fica a apenas 20 minutos do antigo. Como pudemos ver em episódios passados, Steven é uma personalidade muito mais “romântica” e inteligente de Marc, o que nos leva a crer que Marc criou Steven porque — subconscientemente — ele precisava de alguém com conhecimento avançado no Egito. Esses pontos se encaixam bem com os sintomas de pessoas com Transtorno de Múltiplas Personalidades, que conseguem transferir habilidades e até sentimentos para suas outras identidades mesmo sem perceber isso. Marc viveu com Layla em Londres por um tempo, o que explicaria Steven ter sotaque britânico.
Jake Lockley está chegando, possivelmente
Em uma cena de perseguição do episódio, temos Marc e Steven “brigando” entre eles para decidir entre a violência e a não-violência. No entanto, temos uma surpresa quando em uma das “transformações” de Marc, uma sanguinolência acontece, levando a crer que a terceira personalidade de Marc, Jake Lockley, está para dar as caras.
Madripoor e conexão com outras séries
Em Falcão e o Soldado Invernal, é a primeira vez que ouvimos falar de Madripoor, onde descobrimos que Sharon Carter é a Mercadora do Poder, a pessoa que fazia venda de vários tipos de artes roubadas e mercadorias importantes. Em Cavaleiro da Lua, ouvimos sobre a cidade quando Lyla e Marc estão a caminho de se encontrar com Anton Morgat, e ela comenta sobre Madripoor rapidamente.
Gaspar Ulliel interpretou um super vilão
Esse episódio foi dedicado a Gaspar Ulliel, que interpretou Anton Morgat, que nos quadrinhos é o super vilão Homem da Meia Noite (Midnight Man). Ulliel faleceu em janeiro deste ano devido a um traumatismo craniano. Ainda não se sabe o que será do futuro do personagem no MCU. Veja também: Viu algum easter-egg que não comentamos aqui? Escreva aqui embaixo! E não deixe de conferir nossa crítica sobre o episódio 1 e 2 de Cavaleiro da Lua. Fonte: Watch Mojo