Sim, ela é Arya Stark Estamos chegando ao fim da sexta temporada de Game of Thrones e, com isso, o episódio 6×08: “No One“, resolveu um arco que, pelo título, dá para adivinhar sobre quem estamos falando. Outras histórias também se desenrolaram, mas não da forma como esperávamos. “No One” foi marcado por um sentimento de anticlímax e decepção com a forma como os roteiristas trataram assuntos que poderiam ter sido bem melhor trabalhados, e isso deixou um sentimento de que a série está cada vez mais longe da genialidade de George R.R. Martin. Se você não se importa com spoilers, vem comigo analisar o episódio… Apesar de não ter acreditado muito na teoria sobre a Arya, até torci para que fosse verdade depois de ver o que fizeram com a personagem. Como uma garota que sempre foi muito esperta, enfrentou pessoas bem mais perigosas que ela e teve um treinamento tão duro, se permitiu ser apunhalada de maneira tão boba, enquanto vagava pelas ruas de Braavos e admirava o gigante que adorna sua entrada? E sem sua espada…
E o pior de tudo nem foi o “vacilo” cometido pela menina, e sim, o seguinte: Como a garota que não é ninguém, também conhecida como Waif, ou garota abandonada, não encontrou a pequena Stark machucada e a deixou partir? E, como alguém do seu tamanho sobrevive, tendo perdido tanto sangue? Esquecendo esse detalhe, por que Arya foi se esconder no armário de uma desconhecida, que ela nem sabia se a ajudaria? Deixando esses detalhes de lado, nos atentamos ao novo super poder da garota, que parece ser o mesmo de Wolverine e Deadpool, pelo visto. No melhor estilo “X-men: Dias de uma punhalada esquecida“, Arya conseguiu escapar de Waif na casa de Lady Crane – que fez uma encenação incrível no teatro com as dicas da garota – pulando pela janela e fazendo acrobacias ousadas, com um curativo em seus ferimentos. Novamente questionando: como alguém ferido conseguiria fazer aquilo? Somente com fator de cura! Os roteiristas poderiam ter sido mais atenciosos a essa sequência e preparado uma explicação melhor. Mas, felizmente o final foi tão bom que apaga 50% do desapontamento com tudo isso. A cena em que Arya chega em seu esconderijo, pega sua espada e corta a vela apagando a luz é simplesmente incrível.
Arya ainda fez questão de voltar à Casa do Preto e Branco, colocou o rosto de Waif na galeria de rostos e ainda enfrentou Jaqen H’ghar, que disse que finalmente a garota não era “ninguém”, então ela disse: “A menina é Arya Stark de Winterfell. E eu vou para casa”. O arco de Arya em Braavos terminou com um: “foi bom, mas poderia ser melhor”. Talvez, os próximos episódios reservem alguma surpresa, não custa nada esperar.
E por falar nisso, o restante do episódio foi recheado de anticlímax: primeiro para Sandor Clegane, o Cão, que teve que se contentar em enforcar dois homens que ele queria estripar. Depois fomos nós que tivemos que se contentar com o Montanha-Zumbi arrancando a cabeça de apenas um seguidor da Fé Militante. Todos esperávamos mais… Outro momento sem graça, mas com uma pontinha de significado aconteceu no Correrio. Brienne encontrou Jaime novamente e isso rendeu um diálogo marcante. Mas, no final das contas, ele e Edmure Tully resolveram o cerco ao castelo de maneira decepcionante. Nem vimos Black Fish lutando, Jaime não lutou, ninguém lutou.
Outro momento mágico aconteceu em Meereen, quando os mestres começaram a bombardear a cidade e Daenerys chegou com seus dragões. Um dracarys e fim de papo para os mestres novamente. Tudo que aconteceu veio abaixo da expectativa e o que salvou o dia foi saber que o próximo episódio será a tão esperada “Batalha dos Bastardos” (Battle of the Bastards, em inglês)>. Game of Thrones sem os livros tinha tudo para manter ou até elevar o padrão da série, mas parece estar com dificuldades de segurar as pontas sem a fonte literária de G. R.R. Martin. Para mim, este foi o pior episódio da temporada e me lembrou a fatídica quinta temporada. E você, o que achou?