No segundo trimestre deste ano, a empresa de chamadas de vídeo anunciou que tanto o faturamento quanto o número de usuários aumentaram. Só de empresas com mais de dez funcionários, houve uma alta de 458% em relação a 2019, totalizando 370.200 clientes.
Alta das ações do Zoom
A receita total da empresa no trimestre entre maio e julho chegou a US$663,5 milhões, o que representa um salto de 355% em comparação ao mesmo período do ano passado. A divulgação desse balanço fez com que as ações do Zoom subissem 47%, a US$478, com corretores aumentando o preço-alvo numa média de US$161. De acordo com a vice-presidente financeira Kelly Steckelberg, a receita do Zoom cresceu tão rápido que agora está difícil continuar investindo no mesmo ritmo. Por isso, a empresa aumentou também a expectativa de receitas total para este ano. A previsão é de alcançar entre US$2,37 bilhões e US$2,39 bilhões. Inclusive, as inscrições pagas representou a principal fonte de renda da empresa no segundo trimestre fiscal deste ano. Os novos usuários que ingressaram em planos premium foram responsáveis por 81% da receita do período. A Activision Blizzard e a ExoonMobil estão entre os novos clientes do Zoom que utilizam a sua plataforma.
Contexto do crescimento
Essa disparada das ações do Zoom e das receitas da empresa mostra que o serviço de videoconferência foi o que mais cresceu durante a pandemia do novo coronavírus. Isso aconteceu porque o contexto de distanciamento social e quarentena fez com que as pessoas procurassem ferramentas para se comunicar, estudar e fazer reuniões de trabalho de maneira remota. E o Zoom preencheu essa lacuna. Parte do sucesso das ações do Zoom durante a pandemia vem também do fato de a startup oferecer um serviço acessível, funcional e gratuito. Culturalmente falando, a plataforma acabou se tornando um marco desta fase de transição entre “mundo pré-pandemia” e “mundo pós-pandemia”. Só que esse crescimento repentino também levantou preocupações em relação à privacidade e a segurança dos usuários. No começo de abril, a empresa chegou a admitir que haviam falhas de segurança em sua plataforma. Outro efeito colateral do crescimento do Zoom foi o impacto em outras gigantes tecnológicas, que passaram a investir e lançar soluções de videoconferência. Google, Facebook e Skype, da Microsoft, por exemplo, lançaram plataformas e ferramentas para criar salas de videochamadas.
Histórico de alta nas ações
Não é a primeira vez que a Zoom se destaca por conta do crescimento das suas ações e receita. Em junho deste ano, as ações do Zoom valorizaram 250% e chegaram a ultrapassar as ações da AMD e Uber. O desempenho da empresa de videoconferências no mercado financeiro já ultrapassou até o da Tesla, de Elon Musk. Veja abaixo um gráfico que comparou a valorização do Zoom, Tesla e NASDAQ-100 (índice de bolsa que reúne 100 das maiores empresas não financeiras da bolsa norte-americana NASDAQ) na época: Porém, o alerta dos analistas de Wall Street segue o mesmo: o preço das ações da empresa no mercado financeiro pode despencar no pós-pandemia. Isso porque quando a população mundial voltar, gradativamente, às relações presenciais, a demanda por chamadas de vídeo para trabalhar, estudar e se relacionar vai cair. Fontes: Forbes e UC Today E você, o que acha do Zoom? Tem usado bastante a plataforma durante a pandemia? Conte para nós aqui nos comentários!